Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sevens


Portugal esteve mal nos dois últimos torneios do Circuito Mundial IRB de Sevens.

Em 11 jogos, ganhámos 1, empatámos 1 e perdemos 9. E se perder com adversários francamente mais fortes como a África do Sul ou Fiji poderá ser considerado normal, não é normal não conseguirmos vencer adversários do nosso nível.


É verdade que a equipa foi fustigada por lesões, o que contribuiu para um rendimento inferior ao que se esperava, mas isso não explica tudo.

Não se compreende como é que jogadores com tanta experiência possam cometer erros de iniciado. Não ponho em causa (nem nunca porei) o empenho e a vontade de vencer com e por Portugal, mas a verdade é que se cometeram erros…inexplicáveis.

O paradigma é o 1º jogo em Twickenham: como quase sempre entrámos mal no jogo, sofremos 3 ensaios e fruto de uma entrada muito dura sobre Adérito Esteves, os fijianos ficam reduzidos a 6. Portugal “entra” no jogo e consegue dar a volta ao resultado. No final do tempo regulamentar, estamos prestes a fazer história derrotando (pela 1ª vez) Fiji por 21-19. Recuperamos a bola e, em vez de a chutarmos para fora, tentamos passar, fazemos “adiantado” e em resultado do disparate inicial, os fijianos marcam o ensaio da vitória…indescritível a frustração sentida pelos adeptos portugueses em Londres (seguramente também sentida no por jogadores e treinadores).

Nestes dois torneios, Portugal teve muitas dificuldades para fazer circular a bola, uma completa ineficácia a contestar os pontapés de reinício, falhou muitas placagens e perdeu com a Espanha pela 1ª vez no circuito mundial do IRB (em 2009 perdemos contra os nossos vizinhos na fase final do Campeonato da Europa de Sevens, em Hannover). Depois da lesão de Gonçalo Foro, tivemos (a espaços) a velocidade de Sérgio Franco e muitas pernas cansadas e sem capacidade de sprintar (ver um jogador como Diogo Mateus a tentar ganhar um lance em velocidade mostra a falta de alternativas que se fez sentir). Muitas vezes estivemos com 0-0 e perto dos 22m adversários, perdemos a bola e sofremos ensaio. Enfim, fizemos muitas asneiras que quase fazem apagar da memória os bons resultados do Dubai (com uma vitória sobre a Inglaterra e a não qualificação para os ¼ da Cup por uma “unha negra”) ou a qualificação entre os 8 melhores em Hong Kong.

Não vale a pena ir “bater no ceguinho” culpando jogadores ou técnicos. É preciso entender duas coisas para as quais já aqui alertei:

- desde que os Sevens se tornou modalidade olímpica (até antes, nalguns casos), há uma série de países que começaram a apostar na variante; veja-se o final de época da França ou os dois bons torneios da Espanha, para não falar da Rússia, EUA, etc.

- a base de recrutamento destes países é enorme em comparação com Portugal e os meios físicos e financeiros não são comparáveis...

A verdade é que o Circuito Mundial está hoje muito mais difícil que há ½ dúzia de anos. Portugal, se se quiser manter ao mais alto nível, não pode estagnar (como poderão dar a entender os resultados destes últimos torneios).

Já em Dezembro de 2009 defendi neste blog o início da renovação desta equipa (7 vezes campeões da Europa, por muito que alguns queiram desprestigiar estas conquistas) com vista a qualificação para o Mundial de 2013 e, sobretudo, dos Jogos Olímpicos de 2016.

Nessa altura, foi-me explicado que necessitávamos de manter o grupo mais experiente para garantir a continuação da participação nacional no circuito mundial IRB. Ok. Argumento lógico. Mas a renovação tem de ser feita porque ninguém dura sempre nem é insubstituível…

Os técnicos sabem, melhor que nós, o que falhou (falta de motivação? falta de pernas? deficiências técnicas? falta de unidade no grupo? fraqueza psicológica?...) e agirão em conformidade.

Dentro de pouco mais de 15 dias começa o Circuito Europeu de Sevens. Um novo modelo, mas um título para defender. Será extremamente difícil manter o ceptro com este modelo e com a entrada a sério de algumas das maiores potências europeias do rugby (só a Irlanda e a Escócia estarão de fora e os escoceses já confirmaram a presença no ano que vem). Penso que os 5 torneios do circuito serão uma excelente oportunidade para deixar descansar alguns dos jogadores (note-se que disse alguns) mais consagrados e dar experiência a outro nível a alguns jovens (com minutos efectivos de jogo).

Como escrevi atrás, a nossa base de recrutamento é bem mais pequena que em (provavelmente) todos os outros países que participam regularmente no Circuito Mundial IRB. Urge também que a nível interno se tomem as medidas necessárias para descobrir talentos para a variante por forma a garantir a manutenção de Portugal na elite mundial.

“Inch’ Allá” ou Deus queira, se preferirem.

sábado, 28 de maio de 2011

IRB destaca dérbi ibérico



No seu site oficial, o IRB dá um destaque particular às equipas de Portugal e Espanha e em especial ao jogo em que os vizinhos ibéricos se vão encontrar durante a tarde de hoje.

Sem deixar de mencionar as 5 vitórias nacionais em 5 jogos no circuito mundial, o IRB destaca as boas exibições espanholas em Londres e o facto de Portugal quase ter batido Fiji e ter mesmo batido a Inglaterra (que completa o grupo juntamente com Gales) no torneio do Dubai.

Leia tudo aqui.

Por outro lado, a lesão contraída por Gonçalo Foro em Londres mostrou-se irrecuperável para este torneio (ao contrário do caso de José Lima) tendo o academista Eduardo Salgado sido chamado para o seu lugar (estreia absoluta).

sexta-feira, 27 de maio de 2011

London Sevens - 2° dia - As finais

Aqui fica o final da reportagem fotográfica do João Nuno Coelho dos Santos, a quem volto a agradecer a autorização para publicar as fotos.