Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

quarta-feira, 30 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

HK7s - Oponentes demasiado fortes para Portugal


Portugal não vai disputar nenhuma das finais em Hong Kong.

O dia começou com um novo embate frente aos All Blacks. E se ontem a selecção nacional tinha feito um excelente jogo frente a este adversário, conseguindo equilibrar o jogo fruto de uma boa postura defensiva, já hoje os neozelandeses não deram qualquer oportunidade a Portugal de brilhar e venceram categoricamente por 33-5, com o ensaio nacional a ser marcado por David Mateus.

Neste jogo Portugal alinhou com
Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, David Mateus, Joe Gardener, Adérito Esteves e Gonçalo Foro. Jogaram ainda João Mirra e Carl Murray.

Fruto desta derrota nos 1/4 de final da Cup, Portugal rumou às 1/2 finais da Plate onde encontrou a também fortissima equipa da África do Sul. O adversário voltou a entrar melhor no jogo e rapidamente ganhou vantagem (excelente Cecil Afrika quer a jogar, quer a pontapear, fase do jogo onde voltámos a não estar tão bem como habitualmente). Os sul-africanos impuseram-se com naturalidade por 28-5, tendo o ensaio luso sido marcado por Sebastião da Cunha.

Neste jogo Portugal alinhou com
Sebastião da Cunha, Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, Joe Gardener, João Mirra e Gonçalo Foro. Jogaram ainda David Mateus, Diogo Miranda e Carl Murray.

Ainda não foi desta vez que Portugal conseguiu quebrar o enguiço das derrotas frente a neozelandeses e sul-africanos, mas ainda assim Portugal fez um excelente torneio e marca 8 pontos para o circuito nesta que foi a sua terceira participação deste ano. Seguir-se-ão as participações em Londres e Edimburgo, os dois últimos torneios do Circuito, no final de Maio.

Há sempre margem para melhorar e evoluir, mas a avaliação desta participação lusa tem de ser considerada muito positiva pois conseguimos ficar entre as 8 melhores equipas, algo que já não sucedia à bastante tempo.

Parabéns a todos, bom regresso e continuação de bom trabalho.

sábado, 26 de março de 2011

HK7s - Portugal nos 1/4 da Cup


Portugal, fruto de duas vitórias contra a França por 12-5 e contra a Coreia por 41-14 e uma derrota por apenas 7 pontos (19-12) contra os All Blacks, conseguiu terminar a fase de grupos do Torneio de Sevens de Hong Kong como o 2° melhor 2° lugar, o que lhe garante a presença na disputa dos 1/4 de final da Taça Cup, a principal do torneio.

Para além deste excelente resultado, Portugal garante também os seus 1°s pontos no Circuito Mundial IRB. Mesmo que Portugal não consiga vencer o seu 1° jogo de amanhã, a presença nas 1/2 finais da Plate garantem desde já 8 pontos.


Mas não vamos pensar assim! Portugal tem capacidade para ir mais além apesar do 1° adversário de amanhã ser a Nova Zelândia (contra quem Portugal deu tão boa conta de si no jogo de hoje).


Vamos esperar que os nossos rapazes se superem uma vez mais e nos consigam dar mais alegrias. Vamos ter de manter altos níveis de concentração e não cometer falhas.


Por agora, os nossos parabéns e os desejos de que tudo corra pelo melhor amanhã.

Portugal 41 - Coreia 14

O dia para a selecção nacional terminou com uma vitória por 27 pontos de diferença que serão o saldo que iremos apresentar para a discussão dos dois melhores 2°s lugares que permitem o acesso à Cup.

Portugal entrou mal no jogo e sofreu um ensaio ainda antes de ter conseguido entrar na área defensiva coreana. Portugal melhorou depois no que respeita à sua atitude defensiva e foi marcando ensaios, tendo pelo meio concedido mais um ensaio aos coreanos (as placagens falhadas pagam-se caro).


A ver vamos se estes 14 pontos concedidos não serão decisivos no nosso afastamento da Cup (espero que não). De notar também que na transformação dos ensaios também não estivemos ao nível habitual (3 em 7).


Portugal iniciou o jogo com Sebastião da Cunha, Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, Joe Gardener, Adérito Esteves e Gonçalo Foro. Jogaram ainda David Mateus, Duarte Moreira e Diogo Miranda.


Os ensaios de Portugal foram marcados por: Pedro Leal, Sebastião da Cunha, Frederico Oliveira, Gonçalo Foro, David Mateus, Adérito Esteves e Joe Gardener. Pedro Leal, Joe Gardener e Diogo Miranda transformaram 1 ensaio cada um.


Dentro em pouco saberemos como se posiciona a equipa lusa para o dia final.

Portugal 12 - All Blacks 19


Portugal esteve bem, num jogo em que chegou a conseguir criar a duvida na equipa neozelandesa.

A perder ao intervalo por 12-0, a equipa lusa entrou muito bem na segunda parte e marcou dois ensaios por intermédio de Gonçalo Foro (Pipoca converteu o 1°).

Na posse de bola final (que quase conseguia conquistar) os neozelandeses foram mais felizes e acabaram por ganhar o jogo em cima da hora, com um ensaio do inevitável Tomasi Cama.

Portugal iniciou o jogo com Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, David Mateus, Joe Gardener, Adérito Esteves e Gonçalo Foro. Jogaram ainda Carl Murray e Sebastião da Cunha.

Portugal fica assim com um saldo neutro de 24 pontos marcados e 24 sofridos. O apuramento para a Cup é possível e está mais perto.

Temos de vencer a Coreia e marcar o maior n° de pontos possível (sofrendo o menos possível também). Mas para tal, temos de manter a maior concentração, não facilitar (o que, infelizmente, acontece algumas vezes quando enfrentamos equipas teoricamente mais fáceis) e encarar o jogo como se fosse a final.

Taça Mickey Mouse 1997

sexta-feira, 25 de março de 2011

HK7s - Portugal começa a ganhar


A equipa portuguesa começou o Torneio e Sevens de Hong Kong com uma vitória por 12-5 contra a França e tem boas possibilidades de lutar pelos lugares cimeiros no grupo (onde defrontará ainda os All Blacks e a Coreia).
Portugal iniciou o jogo com Sebastião da Cunha, Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, Joe Gardener, Adérito Esteves e Gonçalo Foro. Jogaram ainda David Mateus e João Mirra.

Na 1ª parte Portugal sofreu um ensaio já nos descontos quando jogava com menos 1 fruto da exclusão temporária de Joe Gardener.

Na 2ª parte, Adérito Esteves abriu as hostilidades marcando em ensaio que Pedro Leal transformou. Seguiu-se um segundo ensaio nacional, por parte de Joe Gardener (que Pipoca não conseguiu transformar).

Um bom começo, embora a curta vantagem em termos de pontos possa vir a ser importante na definição dos dois melhores 2ºs lugares que irão disputar a Cup. É necessário manter a concentração e dar o máximo nos dois restantes jogos.

As surpresas do dia foram as vitórias da Rússia e Canadá frente ao Quénia e Argentina por, respectivamente, 22-5 e 22-21.

Recuerdos de Madrid


quinta-feira, 24 de março de 2011

Hong Kong Sevens - uma oportunidade que não devemos desperdiçar


Tal como já tinha afirmado anteriormente, creio não errar se disser que a equipa lusa não se pode queixar do sorteio para o torneio que começa amanhã.

O grupo de Portugal faz–nos acreditar realisticamente que a nossa selecção poderá estar na luta pela Cup. Tirando a Nova Zelândia, vencedora antecipada do grupo, os dois outros adversários são acessíveis (França e Coreia), sendo o nosso 1º jogo decisivo (em princípio) para a definição o 2º lugar no grupo.

Trata-se, precisamente, do jogo contra os Gauleses, que encerra o 1º dia da competição em Hong Kong. No segundo dia, Portugal defronta os All Blacks e termina o dia com a Coreia.

Será importante Portugal vencer a França e a Coreia, marcando o maior nº de pontos e limitar os “estragos” no jogo com a Nova Zelândia para poder jogar os ¼ de final da Cup (teríamos que ser um dos 2 melhores 2ºs na fase de grupos), o que significaria, desde logo, que somaríamos um mínimo de 8 pontos (equivalentes às ½ finais da Plate) no circuito.

Portugal pode fazê-lo mas terá de estar muito concentrado, não poderá ter falhas e terá de encarar os 3 jogos da mesma forma: como se fossem finais. Por um ponto se ganha e por um ponto se perde. Deve estar na mente de todos o que aconteceu no Dubai, em que mesmo tendo vencido a Inglaterra, Portugal ficou em 3° no grupo.

Os jogadores que representarão Portugal são
Sebastião Cunha, Diogo Mateus, Frederico Oliveira, Pedro Leal, Diogo Miranda, David Mateus, Joe Gardener, Adérito Esteves, João Mirra, Carl Murray, Gonçalo Foro e Duarte Moreira.

Memorial Mariana Lucescu 2001

quarta-feira, 23 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um fim-de-semana para reflectir

Dizem as crónicas e os comentários que a final da Taça Federação foi estragada pelo comportamento menos próprio de parte dos presentes. A questão já foi levantada noutras ocasiões e, pelos vistos, não há fim à vista para o mau comportamento de certas pessoas.

Já nem sequer relevo a falta de educação e fair-play de espectadores; é triste saber que pessoas com responsabilidades na modalidade se comportam de forma inaceitável pelos nossos campos.

Sempre ouvi dizer que o exemplo tem de vir de cima. O que farão os nossos jovens quando o exemplo que têm dos seus dirigentes, técnicos e até pais é o da falta de respeito, do insulto fácil e da total falta de Fair-Play, numa modalidade que se gaba de ser uma escola de virtudes.


Os órgãos federativos têm de tomar medidas para evitar a repetição continuada destes comportamentos. É esse o seu dever, doa a quem doer.

Parabéns a Agronomia que venceu o troféu principal.

A Académica venceu o troféu Plate. Parabéns também para eles. Os dois jogos a eliminar (½ final e final) não foram muito difíceis para a equipa de Coimbra porque, pura e simplesmente, os adversários não compareceram.

Se a falta de comparência do CRAV foi dada como forma de protesto (ainda assim inaceitável) já a não comparência do Belenenses à final é escandalosa e deveria deixar os de Belém envergonhados (com todo o respeito que o Belenenses me merece).

Desde logo se pergunta como é possível que uma equipa que já tinha dado uma falta de comparência na fase de grupos - demonstrando uma total desconsideração por uma equipa (UTAD) que luta todas as semanas por sobreviver, que tem deslocações onerosas a fazer e que, apesar de tudo isto, se apresenta aos jogos, por vezes mesmo apenas com 12 jogadores - possa jogar a final da taça.

Pergunto agora que medidas serão tomadas para punir o Belenenses. Se existe um vazio legal é uma vergonha. Se tal vazio não existe, o Belenenses merece uma punição exemplar. O que se passou é inaceitável e revela um total desrespeito pelos adversários.

Esta questão faz-me pensar novamente na questão da descentralização do Rugby. A má vontade demonstrada por certas equipas da capital quando têm de sair da bonita Lisboa é manifesta. Mas, quer queiram, quer não, Portugal não é só Lisboa. Quem não quer respeitar isto não se dá ao respeito.

Daqui vai um passo para perguntar por que razão um jogo como o Portugal – Ucrânia não foi deslocalizado para fora de Lisboa. Certamente, haveria mais público do que aquele que no sábado esteve no EUL.

Jogo que Portugal ganhou (bem, outra coisa não seria de esperar), mas em que não foi convincente no seu colectivo, permitindo a uma equipa fraquinha marcar 3 ensaios e demonstrando insuficiências a vários níveis de jogo.

Por fim, e para rematar o comentário de um fim-de-semana que não foi grande coisa para a modalidade, dá ideia de haver muita gente satisfeita quando Portugal não consegue nem os resultados nem as exibições que gostaria. É a mesquinhez e a inveja nacional no seu pior. Por isso é que Portugal não sai da cepa torta em coisa nenhuma.

Enfim, um fim-de-semana lamentável em que se salva (apesar da exibição) a vitória de Portugal e o espírito desportivo de alguns clubes que insistem em não deixar morrer a modalidade fora da capital (apesar disso parecer ser a vontade de muitos).

sexta-feira, 18 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Para Madrid, a todo o gás


O ano passado foi uma coincidência de trabalho que me permitiu assistir ao vivo ao embate ibérico.

Este ano, a deslocação é feita propositadamente para assistir a um jogo que tem sempre um cariz especial ou não fossem os nossos vizinhos os nossos grandes rivais desde o século XII.


Respondendo ao apelo de Errol Brain, seria uma enorme satisfação ver uma grande falange de apoio nacional no Universitário de Madrid até para equilibrar as contas (a FER diz terem estado 10.000 espectadores no jogo com a Rússia). Uma falange barulhenta a empurrar a nossa equipa para uma vitória importante, necessária e que se quer com ponto de bónus para ainda acalentarmos esperanças de vitória no CEN 2011.


Não conheço o valor actual dos Leões depois da revolução operada com a chegada do novo seleccionador, mas estou confiante que os Lobos serão capazes de nos proporcionar mais uma grande alegria.


Até sábado.


PS - Para grande pena minha, fruto do monopólio da TAP na rota aérea Luxemburgo - Lisboa e dos preços por ela praticada, torna-se quase impossível ir a Portugal ver os Lobos.

Gers, terra de Rugby

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Solidários com Christchurch

Apesar dos tempos de crise, o Join the Maul apela aos seus leitores que abdiquem de umas quantas cervejas, dum jantar fora, e uma ida ao cinema ou de um maço de tabaco para dar uma ajuda a quem precisa.

Nas páginas do site do IRB está publicado um pedido de ajuda às vítimas do terramoto de Christchurch que passamos a transcrever:

“No dia 22 de Fevereiro, a cidade neozelandesa de Christchurch e os seus arredores foram atingidos por um terramoto que causou importantes estragos e vítimas mortais.

O Governo da Nova Zelândia lançou um pedido de ajuda à população de Christchurch e da região de Canterbury neste período de dificuldade e necessidade. Você pode fazer a diferença doando para o Christchurch Earthquake Appeal.

Os donativos serão utilizados para ajudar as comunidades, famílias e pessoas de Christchurch e da região de Canterbury.

A família do Rugby já demonstrou a sua solidariedade e apoio à população de Christchurch e a todos os neozelandeses ao respeitar um minuto de silêncio antes dos jogos do passado fim-de-semana do Super Rugby e do Torneio das VI Nações.

As equipas do Super Rugby e da Taça IRB do Pacífico também utilizaram fumos negros nos seus mais recentes jogos e uma recolha de fundos levada a cabo pela Federação Japonesa de Rugby na final do seu campeonato no passado domingo em Tóquio atingiu NZ$60.000 para as vítimas do terramoto.

Você pode fazer o seu donativo para o Christchurch Earthquake Appeal de imediato com o seu cartão de crédito, fornecendo os seus dados e o montante que quer doar e carregando em “Donate Now”.

Quando carregar em “Donate Now” será reencaminhado para uma página de pagamentos seguros. Após o pagamento receberá um recibo com os seus detalhes. Se introduzir o seu endereço de correio electrónico, um recibo para a administração fiscal ser-lhe-á automaticamente enviado.”

Nós já doámos. E você?

Nota 1 – O Join the Maul não tem qualquer ligação à campanha mencionada, limitando-se a traduzir e reproduzir a informação que consta do site do IRB.

Nota 2 – Também no jogo Portugal – Geórgia foi respeitado 1 minuto de silêncio em memória das vítimas mortais do terramoto.

Nota 3 - NZ$60.000 equivalem a pouco mais de 32.000 EUR.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Saiu a convocatória para Hong Kong (7s)

A Federação publicou a lista de jogadores convocados por Tomaz Morais para preparar a participação lusa no mítico Hong Kong Sevens.

De realçar o excelente trabalho gráfico de apresentação da convocatória, como poderão constatar no quadro abaixo que é da autoria dos serviços federativos.

Como tudo o que é positivo, trata-se de uma novidade de saudar. Parece que a Federação começa a compreender o quão importante é gerir uma imagem/marca.

Coleccionador italiano precisa de ajuda

Fui contactado pelo Sr. Walter Pigatto que é um colleccionador italiano de "pins" de rugby e que me solicitou ajuda para obter items portugueses para a sua colecção.

Ora, visto desconhecer por completo o que existe no que a este tipo de objectos diz respeito, lançava aqui o apelo a quem estiver interessado em trocar "pins" portugueses por outro material ligado ao rugby que me contactasse em jointhemaul@pt.lu ou directamente o Sr. Pigatto em walter.pigatto@alice.it.

O Sr. Pigatto tem todo o tipo de objectos para troca: gravatas, programas, material filatélico, autocolantes, porta-chaves e, obviamente, "pins".


Final do Top14 em 2010


Oferta de um amigo...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Entrevista de Frederico Sousa no site da Federação


Encontrei no site da Federação Portuguesa de Rugby uma entrevista do treinador-adjunto dos Lobos e também ele responsável pela evolução que a equipa tem vibndo a demonstrar.

Uma vez que a entrevista se encontra um pouco "escondida" no site federativo (na secção "media"), decidi partilhá-la convosco aqui no Join the Maul.

O treinador adjunto da Selecção Nacional de Rugby acredita que a equipa tem um longo percurso pela frente mas está no bom caminho. Frederico Sousa reclama no entanto que falta um projecto comum que comece nos mais jovens e se estenda até à equipa dos “Lobos”.

“Estamos no princípio de uma longa caminhada, a começar um ciclo novo que só agora vai no início. Vamos percorrê-lo durante algum tempo para dar muitas alegrias ao rugby nacional e à nossa Selecção”, é a convicção do responsável técnico que pretende ver implementada uma estratégia de base na relação entre clubes e Federação.


“Desde os clubes em si às pessoas que neles trabalham, não existem sinergias para que tudo siga no mesmo sentido. Noutros países, todos vivem para a Selecção Nacional. Não quero dizer que a Selecção é intocável, até porque sem clubes não há jogadores, mas todos temos que ceder para um lado e para o outro sem ‘clubites’ e ‘regionalites’ onde perdemos muito tempo, energia e capacidades”, confessa.

Responsável pelo ataque da Selecção e, mais directamente, pelas linhas atrasadas (os chamados três quartos), Frederico Sousa partilha a gestão dos jogadores com Errol Brain, seleccionador nacional, mais focado no sistema defensivo e nos avançados. O treinador adjunto nacional admite, no entanto, que haja mais proximidade com os jogadores.

“É normal, já os conheço há muitos anos, joguei com eles. Em todo o caso, o Errol tem uma grande empatia com os jogadores. Trabalhamos bem como dupla, completamo-nos em muitas coisas e partilhamos ideias. Sabemos dar uma coisa importante: cada um tem o seu espaço, ninguém anda ali para fazer número”, explica.

E os resultados são também fruto da confiança nos jogadores. Antes companheiros no balneário, agora orientados por Frederico Sousa (a par de Errol Brain), os “Lobos” podem continuar a escrever na História.

“Não tinha dúvidas que podíamos chegar onde estamos mas podemos fazer mais e melhor do que fizemos no passado e do que fazemos hoje. Introduzimos novos sistemas e começámos do zero. O nosso jogo nunca foi tão seguro e consistente como tem sido este ano”, diz de forma orgulhosa.

Inerente ao cargo que ocupa na equipa técnica nacional, Frederico Sousa é um espectador atento do rugby nacional. Depois de dois anos como treinador do Direito, fala com conhecimento de causa sobre o campeonato nacional que gostava de ver alterado.

“Nos últimos quatro anos, o campeonato desceu muito de nível. Uma competição forte poderá significar uma Selecção forte, sobretudo em termos competitivos e de regularidade dos jogadores. Os atletas ressentem-se ao não estarem habituados a todos os jogos de elevado ritmo e tensão competitiva e até em termos físicos. Existe um grande fosso entre as quatro primeiras equipas e as restantes”, desabafa.

Apesar de todas estas dificuldades, Frederico Sousa mostra-se satisfeito com o trabalho realizado na Selecção Nacional de Rugby. Considera-se um treinador “com vontade de aprender e aberto à participação dos jogadores” nos métodos de treino. Talvez por isso, Frederico use como ‘slogan’ a frase:
“Se os jogadores estão contentes, jogam bem!”

“Liderar é motivar! Tudo tem a ver com o ambiente que se proporciona à equipa. Se uma pessoa é ‘chefe’, os outros são subalternos e não há troca de ideias. Um líder tem que saber comunicar nos dois sentidos. Ser ouvido, em primeiro lugar, mas também saber ouvir. Tem que haver feedback entre os treinadores e os jogadores”,
revela o treinador adjunto nacional.

Frederico Sousa espera que a sua passagem pela Federação Portuguesa de Rugby seja marcada também pela divulgação da modalidade. O treinador adjunto nacional gostava de ver mais crianças a praticar desporto em geral e o rugby em particular.

“Temos um desporto com transparência, lealdade e de confraternização”, refere tendo a evolução e os meios tecnológicos no rugby como pano de fundo, sublinhando que esta “filosofia de vida” deve ser aproveitada para
“fazermos ver aos pais que é saudável praticar desporto e rugby em particular”.

“O rugby tem algo diferente de tudo o resto: a colisão e o confronto físico! Ao contrário do futebol, por exemplo, nós temos uma grande auto-disciplina. O rugby é uma escola da vida e ensina princípios e valores que depois se transpõem para a nossa vida profissional e pessoal. Isto ajuda no sucesso académico e depois no profissional”,
conclui.

Escócia - Irlanda no Torneio das V Nações de 1979