Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Itália - Nova Zelândia em 2000

O carimbo de hoje vem de Itália e comemora a realização de um jogo entre a Itália e os All Blacks, realizado a 25 de Novembro de 2000 no Estádio Luigi Ferraris, em Génova e que terminou com uma vitória neozelandesa por 19-56.

terça-feira, 30 de março de 2010

Portugal na final do Campeonato da Europa Sub-18 - Grupo B


A selecção nacional sub-18 venceu esta noite a sua congénere holandesa por 25-10 em jogo disputado em Casale sur Sile.

Os ensaios portugueses foram marcados por Alexandre Cisneiro, Vasco Mendes e Francisco Correia (a fazer fé na ficha oficial). Rodrigo Figueiredo marcou 10 pontos, fruto de 2 penalidades e duas transformações.

Parabéns a todos!

Na final (depois de amanhã), os jovens Lobos irão defrontar e Espanha que derrotou a Polónia por 26-3.

Taça Justin Bridou – Campeonato da Europa Sub-18


Depois da excelente, convincente e copiosa vitória nos ¼ de final frente à Suíça por 104-3, os jovens Lobos irão defrontar hoje, às 20h00 em Casale sur Sile, o seleccionado holandês que no sábado bateu a Ucrânia por 50-0.

Portugal marcou 16 (dezasseis!!!) ensaios frente aos suíços: Alexandre Cisneiro e Francisco Correia (com hat-tricks) Miguel Costa e Vasco Mendes (com 2 ensaios), Ricardo Gonçalves, José Lima, Francisco Almeida, Francisco Onofre e Bernardo Campelo foram os marcadores de serviço. Rodrigo Figueiredo (com 18 pontos) e Francisco Onofre (com 6 pontos) foram os pontapeadores de serviço. Grande trabalho dos nossos rapazes. Um grande abraço aqui do Luxemburgo e os meus desejos de muitas felicidades para o jogo de hoje.

A segunda ½ final oporá a Espanha (vencedora da Rep. Checa por 53-5) à Polónia (vencedora da Lituânia por 23-7).

A final deste grupo B terá lugar no dia 2 de Abril.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Estágio em Banyuls-sur-mer, 1999


O inteiro postal de hoje foi realizado para comemorar o estágio de uma semana realizado pelo "XV de France"antes do Campeonato do Mundo de 1999, na localidade de Banyuls-sur-mer.

5.000 visitas! Obrigado!


Pode parecer pouco, mas para as minhas expectativas iniciais é imenso. Menos de 6 meses depois de ter começado esta aventura, o Join the Maul ultrapassou as 5.000 visitas, nº que me enche de orgulho e me dá motivação para continuar.

A todos aqueles que aqui têm vindo “espreitar” o que lhes ofereço, o meu muito obrigado.

domingo, 28 de março de 2010

Samoa imparável em Hong Kong


A equipa de Samoa venceu hoje o segundo torneio no espaço de uma semana. Na verdade, depois de uma final emocionante em que os All Blacks tomaram a dianteira por dois ensaios, os samoanos conseguiram dar a volta por cima e acabar por vencer a Taça Cup por 24-21, assumindo a liderança do ranking mundial de Sevens. Foi uma grande final, com Sevens de altíssima qualidade...

A final da Taça Plate foi vencida pela Austrália num jogo com poucos pontos (12-5) frente aos sempre difíceis sul-africanos.

Na Taça Bowl, o Canada, que tinha deixado Portugal pelo caminho na 1/2 final, derrotou, sem apelo nem agravo, os campeões do mundo em titulo de Gales por concludentes 35-19. Os canadianos jogaram muito bem e não deram quaisquer hipóteses aos galeses...

Finalmente, a Taça Shield ficou nas mãos (simpáticas) da equipa casa, Hong Kong, vitoriosa frente a Rússia por 19-17. Os da casa estiveram sempre na frente, mas deu a ideia que se a final durasse mais um minuto, os russos levariam a melhor.

Uma palavra final para Portugal que fez um bom torneio, vencendo facilmente a Tailândia e ganhando com categoria à França. A derrota frente a Fiji é normal e os dois restantes resultados (derrotas tangenciais por 17-10 e 26-24) frente aos norte-americanos e canadianos mostram que a equipa foi capaz de se bater de igual para igual com adversários fortes.
Faltou aquela pequena coisa para que Portugal pudesse ter saído de Hong Kong com algo mais.

A equipa nacional voltará a competir no final de Maio quando disputar os dois últimos torneios do circuito mundial, em Twickenham e Murrayfield.
Recorde-se que Portugal terá de apresentar duas equipas já que no fim-de-semana de Londres, Portugal estará também envolvido na qualificação para o Campeonato da Europa da variante, com um torneio em Odense (Dinamarca). A 6 de Junho, o 2° torneio de qualificação terá lugar em Split (Croácia) e, como se espera, Portugal marcará presença na final de Moscovo no fim-de-semana de 10 e 11 de Julho.

Hong Kong Sevens - 2° dia - Portugal cai nas 1/2 finais da Taça Bowl


Portugal terminou a sua presença nos Sevens de Hong Kong deste ano ao ser derrotado nas 1/2 finais da Taça Bowl pelo Canada por 26-24.

O dia começou bem para as cores nacionais já que no 1° jogo do dia venceram por 17-7 a França que vinha com 2 vitórias da fase de grupos.
A equipa portuguesa apresentou-se em campo com: Sebastião da Cunha, Frederico Oliveira, Diogo Miranda, Gonçalo Foro, Francisco Magalhães, Duarte Moreira e Veltioven Tavares. Diogo Miranda com 2 ensaios e 1 transformação e Duarte Moreira com 1 ensaio marcaram os pontos lusos. Pedro Netto fez ainda jogar Adérito Esteves e Pedro Leal.

Contra o Canada, o treinador nacional repetiu o mesmo 7 inicial do 1° jogo, mas apesar dos 2 ensaios de Gonçalo Foro, 1 de Pedro Leal (mais d2 transformações) e 1 outro de Sebastião da Cunha, Portugal não consegue chegar a final da Taça Bowl pela diferença de 1 transformação.
:-(
Os substitutos utilizados neste jogo foram Adérito Esteves, Pedro Leal e Francisco Serra.

De momento, o torneio continua a não proporcionar surpresas de monta. Voltarei mais tarde com os resultados finais.

sábado, 27 de março de 2010

Hong Kong Sevens - 2° dia - Portugal nos 1/4 da Taça Bowl


Portugal começou mal o dia. Sabia-se que derrotar Fiji seria uma tarefa muito difícil e tal veio a confirmar-se com uma derrota por 45-7.
A equipa portuguesa apresentou-se em campo com: Sebastião da Cunha, Frederico Oliveira, Diogo Miranda, Gonçalo Foro, Adérito Esteves, Francisco Magalhães e Veltioven Tavares, tendo entrado Pedro Leal ainda na 1ª parte e Salvador Cunha e Duarte Moreira na 2ª.
Os fijianos marcaram 7 ensaios; o ensaio luso foi marcado por Gonçalo Foro e a transformação ficou a cargo de Pedro Leal.

No 2° jogo do dia, a equipa portuguesa melhorou a sua prestação e dizimou uma inofensiva Tailândia por 50-0
Contra os tailandeses, Pedro Netto apresentou o mesmo 7 inicial que contra Fiji e fez entrar no decorrer do jogo Duarte Moreira, Francisco Appleton e Francisco Serra.
Frederico Oliveira e Gonçalo Foro marcaram ambos um hat-trick de ensaios, tendo o 2 restantes ensaios sido marcados por Diogo Miranda e Francisco Serra. No que toca a transformações, Diogo Miranda conseguiu 5.

Com esta excelente vitória, Portugal conquistou o direito de jogar os 1/4 de final da Taça Bowl onde amanhã defrontará a França que, na fase de grupos, venceu a Escócia e Taiwan, tendo apenas perdido para a Nova Zelândia. Perspectiva-se um jogo difícil para Portugal, mas depois da motivante exibição contra os tailandeses, os nossos rapazes estarão prontos para mostrar o seu valor. Mais uma vez, aqui ficam os meus desejos de boa sorte e bom jogo.

Entretanto, o Torneio não tem sido pródigo em surpresas, excepção feita à vitória da equipa da casa sobre os campeões do mundo da variante, Gales, por 21-19.

Classic Kiwi


Numa emissão de 2007 em que os correios neozelandeses apresentaram um conjunto de selos sobre o tema "Classic Kiwi", um dos selos fazia alusão ao rugby, mostrando uma bola oval e um para de botas. Aqui está ele...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Hong Kong Sevens - USA vencem Portugal


Portugal começou o Hong Kong Sevens com uma derrota frente aos estados Unidos por 17-10.

No último lance do jogo Portugal poderia ter marcado um 3º ensaio, mas um “avant” assinalado pelo árbitro a um jogador português, anulou as hipóteses de empatar o jogo.

Portugal que apresentou o seguinte 7 inicial: Sebastião da Cunha, Frederico Oliveira, Pedro Leal, Diogo Miranda, Gonçalo Foro, Adérito Esteves e Veltioven Tavares, conseguiu marcar dois ensaios (não transformados) por intermédio de Pedro Leal e Velti Tavares.

Francisco Magalhães, Duarte Moreira e Diogo Miranda foram os substitutos utilizados.

Amanhã, Portugal defronta Fiji e depois a Tailândia que já hoje se defrontaram entre si, com os fijianos a vencerem por esclarecedores 82-7.

Tomaz Morais com competências reforçadas


É com grande satisfação que posso confirmar as suspeitas de que Tomaz Morais vai continuar a trabalhar com as selecções nacionais.

As novas funções de Tomaz Morais são as de Director de Rugby ou o mesmo será dizer Director-Técnico nacional, com responsabilidade de coordenação das equipas nacionais.

Uma das primeiras decisões que Tomaz terá de tomar nas suas novas funções é precisamente a de encontrar o seu próprio sucessor como treinador dos Lobos. Segundo o jornal “O Jogo”, quando confrontado com esta questão, Tomaz Morais terá dito que este “Ainda não está escolhido", explicando: "Não vamos cometer loucuras, nem temos pressa, até porque não há competições próximas. Temos de encontrar alguém com muita experiência, mas que encaixe no orçamento que temos. E os jogadores serão ouvidos."

O compromisso é para os próximos 5 anos, em que os grandes objectivos de Portugal serão certamente apurar os Sevens para o Campeonato do Mundo de 2013 (em princípio, na Rússia) e para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, apurar os XV para o Mundial de 2015 e apoiar as selecções jovens.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Hong Kong Sevens - antes do sol nascer


Portugal começa dentro de poucas horas a sua participação nos Sevens de Hong Kong.

É hora de relembrar quem são os jogadores com que o treinador Pedro Netto pode contar para este importante torneio do Circuito Mundial. Eles são:
1 Sebastião da Cunha
2 Francisco Appleton
3 Frederico Oliveira
4 Pedro Leal
5 Diogo Miranda
6 Gonçalo Foro
7 Adérito Esteves
8 Salvador Cunha
9 Francisco Magalhães
10 Duarte Moreira
11 Veltioven Tavares
12 Francisco Serra

Trata-se de uma mistura de jogadores já com muita experiência internacional com alguns novatos com apenas 1/2 dúzia de jogos a este nível e até estreias absolutas, mas que dá garantias de uma participação de bom nível.

No 1° dia de competição, Portugal disputará apenas um jogo e logo contra o surpreendente finalista vencido da Taça Cup da semana passada em Adelaide, os Estados Unidos.

No sábado, a competição prossegue com os jogos contra Fiji e Tailândia, dependendo dos resultados a sua colocação para os jogos do 3° dia (1/4 de final das diferentes Taças).

Numa análise o mais realista possível poder-se-a dizer que Portugal tem a obrigação de vencer os tailandeses e que dificilmente poderá bater os fijianos, residindo no jogo contra os norte-americanos (que se prevê muito difícil) a chave para saber se Portugal jogará na metade de baixo ou na metade de cima no último dia.

A toda a delegação desejo muita sorte e muitas felicidades.

Portugal Rugby Youth Festival 2010


Realiza-se no próximo fim-de-semana, em Lisboa a 2ª edição do Portugal Rugby Youth Festival.

Esta organização da Move Sports vai levar ao Jamor equipas de sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18 de diferentes proveniências que competirão entre si durante os dois dias do Festival, num total de cerca de 1800 participantes.

Para além da maioria dos clubes nacionais de 1ª linha, o evento conta com a presença de várias equipas espanholas, das ilhas britânicas (Inglaterra, Irlanda e Gales) e até uma equipa do Sri Lanka. Os grandes destaques vão para a participação dos sub-18 do Bath, uma das mais conceituadas equipas do rugby inglês e do Crawshays, uma equipa galesa por convite que só participa em dois torneios por ano.

Se tiver tempo, dê um salto ao Jamor e incentive os miúdos.

60 anos de Rugby na Roménia


Em 1974, os romenos comemoraram 60 anos da prática do Rugby no seu país. Os correios romenos associaram-se e lançaram o inteiro postal que aqui encontram.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O fazedor de sonhos


Lembro-me do Tomaz Morais quando comecei a seguir com mais atenção o rugby nacional. Estávamos no princípio da década de 90 e eu estudava em Coimbra. O Tomaz jogava a centro numa excelente equipa do Cascais onde ganhou 6 campeonatos e 2 Taças Ibéricas, se não me engano.
Naquela altura eu detestava o Cascais, pois achava-os arrogantes e convencidos. O Tomaz fazia parte desse grupo...

Vim, depois, a descobrir o Tomaz treinador. E mudei radicalmente de opinião.
Só falei com o Tomaz 1/2 dúzia de vezes, mas sempre foi de uma enorme correcção, educação e simpatia.

Mas o que me leva a escrever estas linhas não é o lado pessoal do Tomaz, é o seu lado profissional. Seleccionador nacional desde 2001, foi com ele que Portugal conseguiu os seus maiores feitos.
Tomaz Morais levou Portugal ao Mundial de 2007, à vitória no Campeonato da Europa das Nações em 2004 e elevou Portugal ao estatuto de potência regional nos Sevens com 6 títulos europeus conquistados e excelentes prestações no circuito mundial. Pelo meio uma nomeação do IRB para treinador do ano.
O currículo diz tudo, as suas qualidades por demais conhecidas...
Com o Tomaz os portugueses começaram a sonhar com objectivos que antes eram impensáveis e, por isso, ficaram mais exigentes.
É evidente que também se engana, é humano, como eu ou você. Mas acerta muitíssimas mais vezes do que as que se engana.

Por isso, é com tristeza que vejo alguns comentários apelarem à partida do Tomaz do leme nacional. Já nem vou falar na tradicional inveja, praga nacional. Falo em memória curta e vistas ainda mais curtas.
Se o Tomaz quiser ir embora porque pensa precisar de um desafio diferente, terei de compreender, mas estou convencido que o rugby nacional tem todo o interesse em mantê-lo ao leme das selecções (eventualmente na função de Director-técnico, como se fala).
O know-how do Tomaz faz-nos falta.

Por isso, a partir do Luxemburgo deixo o meu apelo ao Tomaz Morais para que permaneça ao leme da nossa selecção.

Lembre-se do compromisso: "nunca desistir!"

As lendas não se repetem, por muito que se queira

foto: Sport24.com
Olhando hoje friamente para trás, estou convencido que a nossa qualificação para o Mundial de 2007 foi digna de uma lenda ao estilo da Ala dos Namorados.

A verdade é que num país como o nosso, com as condições materiais que aquele grupo de jogadores teve para se preparar, com jogadores a fazerem centenas de km a guiar para treinar, com a falta de competição internacional que nos permitisse "crescer" foi, de facto um feito extraordinário que nunca é demais realçar. Foi o momento mais alto do nosso rugby e eu nunca irei esquecer a atmosfera de St. Étienne no dia do nosso jogo de estreia contra a Escócia. Tenho a certeza que aquilo que senti foi multiplicado por 1.000 nos corações de todos os que participaram directamente naquela aventura...

Esta equipa que agora terminou a qualificação para 2011 teve, quiçá, melhores condições (ligeiramente melhores, razoavelmente melhores?), mas a pergunta mantém-se: seria expectável a qualificação? Melhor: se não colocássemos todas as esperanças na força de vontade de um grupo que sempre foi inexcedível em dedicação e num treinador com capacidades motivacionais acima da média, que mais tínhamos nós como armas para fazer face a países com outra rodagem como, sobretudo, a Geórgia e a Roménia? Como podíamos nós combater com países com mais praticantes que nós, com muitos jogadores a jogar em campeonatos competitivos de alto nível e/ou onde as verbas disponíveis e as condições materiais para se prepararem são superiores às nossas?
Também a Rússia (que fez a sua preparação na África do Sul, lembro) ou até mesmo a Espanha estão à nossa frente neste último aspecto...
A verdade é que, estruturalmente, Portugal tem muito que caminhar...

Tenho pena da nossa não qualificação! Muita mesmo! Creio que o nosso rugby é mais bonito que o das 3 equipas que se qualificaram, que jogam (quase) apenas com base no poderio dos seus avançados.
Mas são mais realistas! Eu, como romântico que sou, gosto de ver Portugal jogar um rugby emotivo e não matemático, automático, tecnológico, sem chama, frio como o que jogam estas equipas. E, estou quase certo, os amantes do rugby prefeririam ver Portugal romântico no Mundial no lugar destas máquinas de melées e alinhamentos.

Mas o desporto profissional é assim mesmo: só muito raramente, como foi o caso do apuramento de Portugal em 2007 (ou da Dinamarca, campeã da Europa de futebol em 1992) as equipas românticas têm hipóteses de brilhar no que toca aos resultados finais. Mas ficam na memória das pessoas pela sua alma...

Portugal tem alma, muita! Quiçá até demais ao ponto de, por vezes, nos toldar a clarividência.

Agora é hora de juntar a esta alma, a esta vontade (e às muitas outras qualidades que os nossos Lobos têm) a frieza dos grandes campeões. E isso não se consegue num dia. Consegue-se dotando a equipa de condições materiais para trabalhar (ai, as promessas não cumpridas) e colocando estes jogadores a jogar com mais frequência contra equipas/jogadores mais fortes, com uma exigência diferente da nossa actual competição interna. Só cresceremos se conseguirmos ser capazes de ganhar este "calo" que permite ter o discernimento de tomar a opção correcta no momento adequado e nos permitirá ser ainda mais competitivos contra equipas/jogadores que estão habituados a isso todos os fins-de-semana.

Infelizmente, também as lesões que atingiram alguns jogadores que podiam ajudar a combater esse défice de experiência de alto nível, como Spachuck ou Sousa Bardy (embora jovem), a juntar a Murré para o último jogo, bem como a indisponibilidade de David Penalva na parte final da qualificação ajudaram a matar o sonho.

Acredito nas qualidades naturais dos nossos jogadores e sei que mais que eu ou você, eles estão tristes e desiludidos por não seguirem em frente. E também sei que deram o seu melhor, o seu suor e até as suas lágrimas. Desta vez o seu melhor não foi suficiente, mas fica a ideia que foi por pouco. Para a próxima, lá estarão, espero. Com a mesma vontade e a mesma ambição.
O que gostava de ver era criarem-se condições que proporcionassem a todos ser ainda mais competitivos. E para reunir estas condições temos de remar todos no mesmo sentido, sem invejas mesquinhas, críticas fáceis e pouco ou nada construtivas, dialogando e pondo de parte interesses individuais em prole do interesse da comunidade.

Eu sei que falar é fácil e não tenho soluções milagrosas. Elas não existem. Mas existem passos que poderemos dar, apesar da pequenez (mental e económica) do nosso país. Vou tentar abordar algumas das minhas ideias em próximos posts, tentando não ser absurdo e demasiado ambicioso por força da minha ausência desse (bonito) rectângulo à beira-mar plantado.

Adelaide Sevens - resultados finais


Samoa venceu o Adelaide Sevens e continua a dar mostras de estar em grande forma na presente época. Os samoanos venceram, sem apelo nem agravo, a surpreendente equipa dos Estados Unidos por 38–10.

Não posso deixar de notar a extraordinária prestação da equipa de Al Caraveli que, com muito trabalho desenvolvido nos últimos anos e com o investimento que, estou certo, os americanos já estarão a fazer nos Sevens a partir do momento em que se tornou modalidade olímpica, vem mostrar que o nível competitivo da variante vai subir muito nos próximos tempos, tendo Portugal que fazer um (enorme) esforço para poder continuar a lutar por posições de destaque e (objectivos muito importantes) se qualificar para o Campeonato do Mundo de 2013 e Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Pelas meias-finais da Taça Cup ficaram a Argentina e a Austrália. Não deixa de ser surpreendente que equipas como a Nova Zelândia, a África do Sul ou Fiji tenham jogado apenas a Taça Plate. Ora, a final da Taça Plate foi, precisamente vencida pela equipa de Gordon Tietjens que derrotou os sul-africanos por 21-14.

Na metade de baixo, a Inglaterra venceu a Taça Bowl, derrotando na final o Quénia por 33-12. Estas duas equipas esperariam, também elas, algo mais deste torneio.

Por fim, o Japão (a jogar muito bem) venceu Tonga na final da Taça Shield por 22-19.

No próximo fim-de-semana realizam-se os Hong Kong Sevens, o torneio de maior prestígio do circuito mundial e que contará com a presença da equipa portuguesa. O Join the Maul tudo fará para vos deixar o relato das façanhas lusas, ali bem perto da minha Macau natal.

sábado, 20 de março de 2010

Momento de tristeza

Escrevo a quente e ainda com as pernas meio a tremer.

Portugal está fora do Mundial de 2011. A Roménia, muito bem organizada e com um bom controlo do jogo (apesar de 4 amarelos e 1 vermelho) levou a melhor na batalha de Lisboa.

Ainda não consegui digerir muito bem o que se passou, mas creio não errar por muito se disser que entrámos bem no jogo e até perto do intervalo estivemos com mais posse de bola e plantados no meio campo romeno. Mas não traduzimos em pontos essa vantagem. Cheguei a ver a nossa melée a empurrar a deles... Mas um ensaio de penalidade por sucessivas derrocadas da melée junto a nossa linha de ensaio no final da primeira parte veio dar vantagem aos romenos ao intervalo por 8-10. Neste 1° período, Joe Gardener marcou uma penalidade de mais de 50 metros e falhou duas que pareciam bem mais fáceis. Portugal não conseguiu aproveitar 10 minutos em que esteve a jogar com mais um jogador...

Na segunda parte, Portugal esteve pior. Inexplicavelmente, Joe Gardener agarra uma bola que ia sair pela linha final (resultando uma melée no meio campo) e ao ser placado por um romeno, larga a bola permitindo a um segundo romeno marcar um ensaio que os colocou a 14 pontos de distância. Antes, o mesmo Joe Gardener tinha falhado incrivelmente uma outra penalidade. Chegámos a estar a jogar contra 13 durante 6 minutos. Portugal ainda marcou duas penalidade por Pedro Leal, mas mais não conseguiu que perder por 9-20.

O que falhou? A Roménia foi mais inteligente e experiente. Da arbitragem não nos podemos queixar, pelo contrário. Tivemos falhas imperdoáveis que custaram caro.

Assim a quente, e correndo o risco de me enganar/ser injusto aqui vos deixo os pontos fulcrais desta qualificação e que, no seu conjunto, determinam este desfecho:
- desastrosa primeira parte com a Rússia em casa, que como se veio a ver mais de um ano mais tarde tem um peso monstro no resultado da qualificação;
- bom empate na Geórgia, mas que teria sido bem melhor se não o tivéssemos concedido mesmo no final do jogo;
- excelente vitória na Roménia - Severino e Cabral heróis do jogo com ensaio na última bola;
- derrota na Rússia, num campo deplorável; os romenos adiaram o jogo desse fim-de-semana por impraticabilidade do campo;
- derrota em Lisboa contra a Geórgia; se as penalidades falhadas tivessem sido convertidas teríamos ganho este jogo;
- maior vitória de sempre da selecção nacional por 69-0 na Alemanha; Roménia consegue empatar na Rússia na última bola do jogo;
- excelente vitória em Madrid, depois de 44 anos sem ganhar na capital espanhola; Roménia vence Geórgia;
- derrota amarga em casa com a Roménia, com falhas muito comprometedoras a este nível.

A selecção nacional vai, provavelmente, passar por um período de alguma renovação com alguns jogadores a deixarem a equipa. Não necessariamente os mais velhos, mas alguns que dão mostras de algum cansaço mental e físico.
Outros continuarão a preparação para 2015 e outros entrarão. A todos eles temos de agradecer aquilo que fizeram pelo nosso rugby nos últimos anos. Os resultados conseguidos por estes jogadores, um grupo pequeno e unido, nem sempre com as condições necessárias para trabalhar ao nível de outros, só nos pode deixar orgulhosos.

Quero deixar algumas palavras para alguns dos jogadores:
- Diogo Mateus: o teu exemplo, a tua garra e a forma como apareces sempre onde és preciso faz de ti um dos jogadores mais valiosos desta equipa;
- Frederico Oliveira: és, muito provavelmente, o jogador com mais futuro desta equipa; continua a trabalhar porque poderás vir a ser um caso sério;
- Joe Gardener: fui um grande defensor da tua entrada na equipa; és um pontapeador formidável mas não aguentas a pressão dos momentos decisivos; a vertente psicológica tem de ser trabalhada senão arriscas-te a passar ao lado de uma boa carreira internacional; gabo-te a coragem de apareceres na flash interview, mas a camisola romena era evitável;
- Juan Severino: as tuas lágrimas no final do jogo dizem tudo: és um Lobo de todo o coração;
- Miguel Portela: aos 36 anos ainda és um grande jogador; a garra com que entraste no jogo diz tudo;
- Pedro Cabral: decisivo pelos pontos que marcou, hoje esteve quase desaparecido do jogo até ser substituído; o que aconteceu?

Ao Tomaz Morais deixo um pedido: que continue a trabalhar para elevar o nível do nosso jogo, com a dedicação e a competência que sempre tem demonstrado e que nos levou a conseguir facetas extraordinárias nos últimos anos.

O futuro não acaba aqui, o futuro começa aqui; todos juntos temos de fazer o rugby português cada dia mais forte.

Para a semana há Sevens em Hong Kong...vamos a eles que nem Lobos!!!

Adelaide Sevens - 2º dia


Terminou o segundo dia no Adelaide Oval. Os resultados do dia foram os seguintes:

3ª ronda
- Inglaterra 12 - 17 Austrália 23
- Nova Zelândia 47 - 7 Argentina
- Fiji 21 - 7 Quénia
- Samoa 12 - 12 África do Sul
- Estados Unidos 29 - 7 Niué
- Escócia 7 - 22 Tonga
- Gales 64 - 5 Papua Nova Guiné
- França 15 - 21 Japão

2ª ronda
- Austrália 36 - 0 Estados Unidos
- Inglaterra 38 - 0 Niué
- Argentina 14 - 7 Escócia
- Nova Zelândia 26 - 0 Tonga
- Quénia 19 - 5 Gales
- Fiji 41 - 0 Papua Nova Guiné
- África do Sul 38 - 0 França
- Samoa 54 - 5 Japão

Como podem constatar, alguns resultado são digno de registo, nomeadamente a decepcionante prestação da Inglaterra que apenas venceu o jogo contra Niué (provavelmente a equipa mais fraca do circuito), a vitória do Japão sobre a França (depois de duas copiosas derrotas), a boa prestação da equipa da casa ou a pouco convincente Argentina (com duas vitórias curtas e uma derrota por 40 pontos face aos All Blacks).
No grupo C, Gales, Fiji e Quénia terminaram todos com 7 pontos e a fava coube aos simpáticos quenianos que, por força dos critérios de desempate, terão de jogar os ¼ de final na metade de baixo.

Os 1/4 de final para amanhã são os seguintes:
Metade de baixo:
- Tonga - França
- Inglaterra - Papua Nova Guiné
- Quénia - Niué
- Japão - Escócia
Metade de cima:
- Nova Zelândia - Samoa
- Austrália - Fiji
- Gales - Estados Unidos
- África do Sul - Argentina

sexta-feira, 19 de março de 2010

Adelaide Sevens - 1º dia

Terminou o 1º dia do Adelaide Sevens, tendo as 16 equipas participantes tido a oportunidade de se estrear no torneio.

O destaque vai para os dois resultados surpreendentes do dia: a vitória de Gales sobre Fiji por 17-12 e a derrota da Inglaterra face aos Estados Unidos por 21-24.

Os restantes resultados do dia foram:
- Samoa 33 – França – 12;
- África do Sul 40 – Japão 0;
- Quénia 27 – Papua Nova Guiné 7;
- Nova Zelândia 31 – Escócia 0;
- Argentina 19 – Tonga 17;
- Austrália 40 – Niue 5.

A competição continua amanhã, no Adelaide Oval, com a realização dos restantes jogos da fase de grupos.

Todos por Portugal!

Eu estarei em frente à TV, pois os 2300km que me separam de Lisboa se mostram intransponíveis neste fim-de-semana. Estarei a sofrer como se estivesse no EUL.

A vocês, leitores fiéis e infiéis do "Join the Maul" peço-vos: vão ao estádio e torçam por Portugal.

A Al-qateia estará representada pelo Lobão João que ontem mesmo apanhou o voo para Lisboa.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um jogo de peso - Lelos contra Ursos

Para além do Portugal - Roménia que nos prende as atenções, vai também realizar-se no sábado o Geórgia - Rússia que definirá quem é o vencedor do Campeonato da Europa das Nações 2008/2010. O jogo realiza-se em terreno neutro, fruto das relações tensas entre os 2 países na sequência da invasão russa da Geórgia em 2008. O jogo terá lugar em Trabzon, na Turquia, e o estádio, com capacidade para 6.300 espectadores, já está com a lotação esgotada.
Note-se que se Portugal se qualificar para o Campeonato do Mundo irá reencontrar o vencedor deste jogo na fase de grupos, juntamente com a Argentina, Inglaterra e Escócia.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fiji, terra oval


O selo de hoje retrata bem a importância que o rugby tem nas ilhas do Pacifico. Numa emissão de 1995, dedicada à comemoração dos 25 anos da independência de Fiji, um dos selos mostra precisamente a nossa modalidade como sendo o desporto de eleição dos fijianos, como aliás comprovam os excelentes resultados da sua equipa nacional, sobretudo na variante de Sevens.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Crónica de uma vitória saborosa - Portugal conquista Madrid

Cheguei a Madrid quase 9 horas depois de ter partido de Santo Domingo. Pouco faltava para as 12h. Pensei: “vou rápido ao hotel, deixo a mala e vou dar uma saltada ao Liceo Francés – Belenenses”.

Não podia estar mais enganado. A minha mala, com a etiqueta de “prioritário” bem visível custava a aparecer. Quando apareceu, restavam 4 passageiros do meu vôo e o tempo começava a escassear.

Não perdi a esperança (é sempre a última a perder-se, dizem). Segundo o site do hotel o transfer passava cada 20 minutos à porta do aeroporto pelo que, no máximo, teria de esperar 20m. Pois esperei 45m.

O jogo do Belenenses estava definitivamente perdido e a minha paciência também. Depois do que já me tinha acontecido na viagem de ida, as peripécias da volta levavam-me a considerar que a fúria portuguesa já superava seguramente a “fúria espanhola”.

Cheguei ao hotel já passava das 14h. Acabei por tomar um duche rápido e pus-me a caminho da Cidade Universitária.

Quando cheguei ao estádio a minha primeira reacção foi de espanto tal era a quantidade (os espanhóis dizem 7000 espectadores, o que me parece contudo claramente inflacionado) - e, como vim a constatar mais tarde, a qualidade - de portugueses presentes. A minha sorte começava a virar.

Fui ver o aquecimento lá para ao pé dos postes onde os Lobos se preparavam com afinco. Estava sol, apesar de um pouco fresco. Cumprimentos de ocasião, meia dúzia de fotos (uma porcaria com a mini-máquina que tinha comigo) e já as equipas entravam em campo.

Primeiro “A Portuguesa”: é sempre um orgulho ouvir e cantar o nosso hino, mas em Espanha fico sempre com “pele de galinha”. Já na idade média os meus avôs andavam a dar pazadas nas cabeças castelhanas e isto ainda me corre no sangue, creio. Depois, o hino espanhol: continuo sem perceber como é que eles têm um hino sem letra, sem alma, sem conteúdo…enfim, também neste campo não se conseguem pôr de acordo entre eles.

Começa o jogo, as claques fazem barulho. Portugal abre o marcador com uma penalidade marcada pelo Pedro Cabral (Puca, segundo alguns). “Nuestros hermanos” aproveitam uma falha defensiva lusa e passam para a frente 5-3. O público da casa, com a soberba habitual, já goza: “España! España!”.

Os Lobos reagem: aos 20m, António Aguilar marca ensaio na sequência de um pontapé que sobrevoa toda a defesa espanhola e Pedro Cabral transforma. 5-10!

Uns 5m depois é Pedro Cabral e converter mais uma penalidade e pouco depois novo ensaio (por Pipas, embora a Fira o atribua ao Conrad) após um pick-and-go luso; mais uma vez, Pedro Cabral transforma e Portugal fica com uma vantagem de 5-20. O público da casa começa a “meter a viola no saco”.

Quase em cima da hora para o intervalo a Espanha marca uma penalidade, mas Frederico Oliveira tem ainda oportunidade para marcar um excelente ensaio em que ultrapassa vários espanhóis que bem tentam mas não o conseguem placar. O intervalo chega com 8-27, uma vantagem confortável para a segunda parte.

No intervalo tive o prazer de travar conhecimento com alguns ilustres membros da nossa comunidade oval e com eles vi a 2ª parte (aqui fica o meu agradecimento pela minha integração no seu grupo – eles sabem do que é que eu estou a falar, já dizia o outro).

A segunda parte não teve grande história: 1 ensaio convertido para a Espanha e duas penalidades para o lado luso (Pedro Cabral e Joe Gardener). Portugal chegou a estar largos minutos na área de 22 metros espanhola, mas não conseguiu fazer mais ensaios. Resultado final: 15-33.

Vitória indiscutível de Portugal (a 3ª em terras de Espanha - Madrid 1966 e Ibiza 2004). Por momentos chegou a parecer que não estávamos a todo o gás, que um esforço controlado foi suficiente para derrotar uma equipa espanhola sem “pedalada” para a portuguesa.

Voltámos a ter, aqui e ali, algumas dificuldades na mellée. Este poderá ser um ponto decisivo no próximo fim-de-semana contra a Roménia que tem uma mellée muito poderosa. Creio, todavia, que a arbitragem terá tido algumas decisões menos felizes contra Portugal neste particular do jogo.

Portugal chega a esta fase da época na sua melhor forma. Se tivéssemos estado a este nível no princípio de Fevereiro, estaríamos provavelmente, qualificados para o Mundial. Assim, vamos ter de esperar mais uns meses para festejar a qualificação.

Terminado o jogo, fiquei uma 3ª parte à conversa com os meus companheiros da 2ª. Muito interessante a troca de ideias. Para evoluir é preciso conhecer a realidade e discutir caminhos a seguir. Eu aprendi mais algumas coisas…

Tenho pena que a conversa não possa continuar no próximo sábado, já que não poderei ir a Lisboa para o jogo com os romenos. Estarei em frente à TV, quiçá com alguns amigos…ainda não decidi porque da última vez, eles deram azar…

Valeu a pena ter ficado em Madrid mais um dia: bom jogo, saborosa vitória e novos conhecimentos. No Domingo embarquei pouco depois da 8h de regresso ao Luxemburgo, com escala em Frankfurt. Quando cheguei a casa e o meu filho mais velho (de 3 anos) perguntou-me se tinha estado em Madrid. Expliquei-lhe que sim, que tinha ido ver o rugby e ele perguntou-me se o outro Vasco também lá estava. Disse-lhe que sim e que tinha jogado bem; foi buscar a oval e disse-me que também queria jogar…terei um Lobo em casa?

Serge Blanco, um ídolo no Chade

O selo que hoje reproduzo data do ano 2000 e é uma homenagem da República do Chade ao rugby, na pessoa de um dos melhores jogadores de todos os tempos da modalidade, o francês Serge Blanco.
Foi graças a ele que eu começei a gostar de rugby. Naquela época não havia SportTv nem outros canais para além da RTP 1 e RTP 2 e o Torneio das V Nações era a única oportunidade de ver rugby na televisão...outros tempos.

sábado, 13 de março de 2010

Dínamo de Bucareste na Challenge Cup 2001

Na época de 2001-2002, o Dínamo participou na Challenge Cup, tendo defrontado os Saracens de Inglaterra e os italianos do Bologna, tendo estes jogos sido contemplados com carimbos comemorativos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Guerras da Restauração - Batalha de Montes Claros

"O Marquês de Marialva não estava disposto a ceder terreno ou a perder o ânimo. Sob as suas ordens, as brechas abertas pela cavalaria espanhola foram colmatadas, enquanto a artilharia não cessava de fazer fogo sobre os castelhanos. Uma segunda carga igualmente impetuosa, conseguiu no entanto levar os cavaleiros espanhóis até ao mesmo ponto onde fora detida a primeira, mas as perdas sofridas foram de tal ordem que tiveram de deter-se também, sem que a segunda linha portuguesa comandada pessoalmente pelo Marquês de Marialva, tivesse sequer sido molestada. O Conde de Schomberg esteve prestes a cair em mãos espanholas, quando um tiro abateu o cavalo que ele montava. O espanhóis que pareciam ter contado com a fúria dos primeiros ataques em massa, executados em especial pela cavalaria, viram-se em situação de perigo. Deram ainda uma terceira carga, mas o ímpeto inicial tinha-se perdido e o desânimo apoderava-se deles. Ao cabo de sete horas de luta, os atacantes começaram a debandar, e o próprio general Caracena, reconhecendo que a batalha estava perdida, fugiu para Juromenha, de onde seguiu depois a caminho de Badajoz."

Um trecho da nossa rica história para nos motivar a todos para o jogo do próximo sábado.

Na nossa tenacidade poderá estar o segredo para a vitória...

terça-feira, 9 de março de 2010

Stade Marivalois

Hoje tenho para vos mostrar um bom exemplo do que um clube modesto pode fazer. Aqui ficam dois inteiros postais do Stade Marivalois, clube francês que milita nas divisões amadoras e que tem a sua sede em Lacapelle-Marival.


domingo, 7 de março de 2010

Torneio Sub-17 em Itália

Em Abril passado, realizou-se em Rovigo (Itália) um torneio internacional Sub-17, designado "A. Milani". A ocasião não passou despercebida aos marcofilistas italianos e foi realizado este carimbo comemorativo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Selo em Selo

Este exemplar é curioso: numa emissão neozelandesa de 2005 em que se comemorava os 150 anos de emissões postais no país, os correios neozelandeses reproduziram nos seus selos aqueles que consideraram os melhores selos desses 150 anos. O resultado foi que um dos selos seleccionados foi um pertencente à série que dois anos antes tinha comemorado o centenário dos "test matches" dos All Blacks.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Porto 2010 - Campeonato do Mundo Universitário de Sevens


E já em Julho (21-24) que a Universidade do Porto e a FADU organizam o Campeonato do Mundo Universitário de Sevens.

O evento acolherá no Estádio do Bessa equipas universitárias de todo o mundo para disputar aquele que será o 4° mundial universitário desta variante.

De momento estão inscritas 26 equipas masculinas e 17 femininas, sendo que à excepção do Brasil que só tem uma equipa feminina inscrita, todos os restantes 16 países inscritos na competição feminina também estarão presentes na masculina (Portugal, África do Sul, Austrália, Bulgária, Canadá, Cazaquistão, China, Espanha, Fiji, França, Guam, Itália, Noruega, Reino Unido, Rússia e Ucrânia).

Para além destes, Bélgica, Hungria, Japão, Líbano, Marrocos, Papua Nova Guiné, Polónia, Quénia, Tunísia e Uganda estarão presentes somente na competição masculina.

O destaque vai para a África do Sul, actual campeã masculina e Espanha, campeã feminina e vice-campeã masculina.

A organização está à procura de voluntários. Mais informações em: http://www.rugby2010.up.pt/

terça-feira, 2 de março de 2010

Alemanha - Portugal: crónica de uma vitória anunciada

Brazão de armas de Heusenstamm

Pouco passava das 10h00 quando saímos com destino a Heusenstamm.
Heusenstamm? Mas que raio é isso? Não tão popular como Berlim, Munique ou a vizinha Frankfurt (Francoforte-no-Meno, para os puristas da língua), esta cidadezinha de 18.000 habitantes do estado de Hesse na Alemanha ficará ligada (pelo menos temporariamente) à história do rugby nacional. Adiante veremos porquê.

O GPS balbuciava num francês mecânico a direcção a seguir e indicava cerca de 250km até ao destino, sendo metade por autoestrada e metade por estrada nacional. Infelizmente não nos avisou imediatamente dos crónicos engarrafamentos nas autoestradas alemãs que causaram a explosão do radiador de um BMW que estava mesmo atrás de nós numa espécie de "pick and go" automóvel pelo que só acabaríamos por chegar depois das 13h15.
Fomos levantar os bilhetes (10€ cada) que o clube local tão gentilmente tinha reservado para nós (obrigado Karen) e enquanto esperávamos pelo último elemento do corpo expedicionário (vindo de Bruxelas) fizemos o nosso aquecimento, atacando as tradicionais wurst alemãs.

Com o aproximar da hora do jogo, fomos assistir e fotografar o aquecimento dos Lobos; tudo parecia estar bem. Dos alemães, nem sombra: talvez estivessem também a experimentar as wursts lá do sítio.

Chega a hora da verdade e depois do hino cantado a plenos pulmões (comme d'habitude), um minuto de silêncio pelas vítimas do mau tempo na Madeira. Como o speaker não deu qualquer tipo de informação, creio que o momento passou despercebido a quase toda a gente.

Portugal entrou a todo o gás, claramente com a intenção de não permitir aos alemães sonhar com altos voos (pese embora a proximidade do gigantesco aeroporto de Frankfurt).
Minuto 5, ensaio de Frederico Oliveira, com transformação de Pedro Cabral; 2 minutos mais tarde é Gonçalo Foro que marca o ensaio que seria transformado pelo mesmo Pedro Cabral. As coisas estão bem encaminhadas, Portugal controla o jogo a seu belo prazer e viria a marcar mais 2 ensaios antes do intervalo (Pipas e Francisco Fernandes); Pedro Cabral transformaria os 2 ensaios e juntaria mais 1 penalidade ao pecúlio pessoal. Pelo meio, uma tímida reacção do germânicos que só estiveram perto de marcar ensaio já perto da pausa, mas uma excelente placagem de Gonçalo Foro não o permitiu.

Com o intervalo viria a oportunidade de testar a qualidade da cerveja local. Tomaz Morais também deve ter pensado que seria um bom momento para fazer testes, pois começou a rodar a equipa logo na reentrada para a segunda parte.

Na segunda parte a historia não mudou: Portugal dominador e demolidor: ensaios de Diogo Mateus, Vasco Uva, Frederico Oliveira (2) e Pipoca Leal. Todos eles convertidos quer por Pedro Cabral (assinou mais 1 penalidade) quer por Joe Gardener.

Resultado final 0-69!!! Foi a festa para os portugueses presentes a quem os jogadores ofereceram as suas suadas camisolas. Um prémio para aqueles que, estando fora, vibram como loucos com os feitos do desporto nacional.

Depois das despedidas, da promessa de estar em Madrid e em Lisboa, das contas aos outros resultados e de se começar a ponderar uma eventual deslocação a Kiev, lá nos metemos à estrada para apanhar os mesmos engarrafamentos, agora em sentido contrário, mas com a satisfação de num dia bem passado termos ficado convencidos que com o espírito guerreiro dos Lobos somos capazes e vamos conseguir estar no Mundial.

Portugal esteve muito bem face a um adversário claramente inferior. Inferior, sim. Há que dizê-lo para não embandeirar em arco. Mas os Lobos foram responsáveis na maneira como abordaram o jogo e competentes a resolver as (poucas) dificuldades impostas pelos germânicos.
Foi um dia perfeito da selecção nacional: muitos ensaios, todos os pontapés aos postes transformados, quase todos os alinhamentos ganhos...enfim, uma excelente exibição a dar moral para os jogos difíceis que se avizinham.
Esperemos que a inspiração também marque presença contra espanhóis e romenos, já que a transpiração nós sabemos que está sempre presente.

A título de curiosidade, notei que no site do IRB e na ficha de jogo preenchida pelo Delegado da Fira, os números do Gonçalo Foro (11) e do Frederico Oliveira (14) estão trocados, pelo que em ambos os casos se atribuem 3 ensaios ao Gonçalo e apenas 1 ao Fred, quando na realidade é o contrário.
Cabral e Pipoca foram os portugueses chamados ao controlo anti-doping. Ainda bem que eu não fui, porque dava positivo de certeza.

Voltemos ao princípio: Heusenstamm fica na história do rugby nacional pois foi lá que, no passado sábado, a selecção nacional conseguiu a sua maior vitória de sempre.
E eu estive lá!