Ontem tirei um dia de férias para poder ver na SportTv a final da Supertaça. Ainda não sei se fiz bem ou mal…
Apesar das baixas dos dois lados e de ainda estarmos no início de época estava confiante que poderia ser um bom jogo. Valeu pela incerteza do resultado sobretudo na segunda parte.
As equipas apresentaram poucos estrangeiros e no que toca a estes, salvo erro da minha parte, com uma única novidade: o italiano Luca Salvatori de Agronomia que, diga-se em abono da verdade, não foi uma mais valia para a sua equipa.
Os primeiros minutos de jogo foram decepcionantes com inúmeras perdas de bola e muito mau “handling” (não estou a falar do aeroporto de Lisboa).
Direito somou o 1º ensaio graças a um Kadosh (perdão, queria dizer “cadeux”, presente) de Agronomia: o “jovem” Miguel Portela intercepta a bola e corre desenfreado para a linha de meta. Pedro Leal não falha o pontapé: ensaio transformado.
Pouco depois é Vasco Gaspar a deixar fugir uma bola e a permitir a António Aguilar ficar isolado e fazer o 2º ensaio dos advogados, também este com transformação assegurada por Pipoca.
Agronomia reage e consegue finalmente entrar no jogo que até aí era controlado pelos de Monsanto: marca ensaio por Jacques Le Roux e o mesmo jogador marca um 2º ensaio que foi validado por indicação do juiz de linha que viu mal pois é evidente na repetição televisiva que a bola não só não está controlada como o suposto toque de meta é feito fora da área de ensaio. A transformação dos 2 ensaios foi falhada por Duarte Cardoso Pinto, enquanto do outro lado Pipoca transforma mais duas penalidades (4 pontapés em 5).
O intervalo chega com 20-10 para Direito e chegam também os meus filhos a casa, o que significa que a 2ª parte já é (tele)visionada com um olho na criançada e um olho na TV.
Ainda assim, vejo Agronomia com uma atitude mais determinada e a entrar melhor, marcando um ensaio por Lourenço Kadosh e a pressionar o Direito no seu meio-campo. Esta foi a toada de todo o 2º tempo, com os agrónomos com mais posse de bola, instalados no meio campo contrário, por vezes perto de marcar um novo ensaio, mas sem o conseguir (quer dizer, conseguiu um mas foi bem anulado por “avant”).
Com alguns pontapés pelo meio o resultado ficou em 23-23. E o tempo a escoar-se…parecia que íamos para prolongamento.
Mas Pipoca não foi dessa opinião. O árbitro viu uma falta num ruck (se não me engano) e a 1 minuto do final os advogados decidem-se pelo pontapé aos postes. E mais uma vez, o génio de Pedro Leal decidiu a atribuição de um troféu.
De entre os jogadores que participaram no jogo de ontem gostava de realçar dois. Porquê? Porque me apetece…
O primeiro porque aos 36 anos ainda joga e marca ensaios em finais como esta. Apesar de já ter anunciado a sua retirada mais de uma vez, é com prazer que (re)vemos Miguel Portela em campo. Eu tenho a mesma idade e não tenho nem metade da sua motivação. E que amor à camisola.
18 anos separam-no de um outro jogador que tem…18 anos. José Lima é um jovem recém-chegado à Tapada, vindo de Évora. É daqueles que não engana! Se tiver juízo e continuar a trabalhar será certamente um grande jogador.
Os meus parabéns ao Direito pela vitória e os meus parabéns a Agronomia por ter lutado até ao fim.
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