Para quem (como eu) ainda gosta de ler em papel, não posso deixar de recomendar a leitura desta autobiografia.
Trata-se da autobiografia de Sir Ian McGeechan, um dos treinadores de Rugby que mais admiro.
Este homem, nascido e criado em Leeds, filho de mãe inglesa e pai escocês e casado com Judy, também ela inglesa de Leeds, tornou-se internacional escocês de corpo e alma muito por força da admiração que tinha pelo seu Pai, militar de formação e que viria a morrer ainda antes deste vestir a camisola azul da Escócia (por acaso branca no seu 1° test match, disputado contra os All Blacks).
Professor de carreira (o Rugby foi amador até 1995), este homem foi treinador do seu clube de sempre, o Headingley, do Northampton, dos Wasps, da selecção escocesa e, sobretudo, foi jogador dos Lions em 2 tournées, seu treinador principal em 4 ocasiões (entre elas a tournée de 2009 na África do Sul) e treinador assistente em 2005, quando os Lions foram treinados por Sir Clive Woodward.
Neste livro, Sir Ian conta tudo sobre a sua experiência no mundo oval, num relato ritmado e por vezes emocionante de jogos, tournées, estados de alma e tácticas mortíferas, num contexto pessoal e profissional que nos deixa a pensar sobre alguns rumos tomados.
Comecei a ler e fiquei obcecado por acabar o livro que tem passagens brilhantes de narrativa (quase fazendo sentir-nos como se estivéssemos em Ellis Park a jogar contra os Sprigboks) e passagens emotivas como a história de como Sir Ian veio a descobrir que o Pai calcorreava km a pé para o ver jogar, poupando assim umas libras (equivalentes a 1/4 do seu salário semanal) que deixava no bolso do seu filho para que este também pudesse pagar uma rodada aos colegas no final dos jogos nos seus primeiros tempos em Headingley.
Enfim, uma excelente leitura.
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