Infelizmente não pude assistir (via TV) a todos os jogos destes dois torneios iniciais das Sevens Series, mas parece-me que já se poderão tirar algumas ilações. Em primeiro lugar, creio não errar ao dizer que não nos aconteceram grandes surpresas. E isto vale nos 2 sentidos: não conseguimos nenhuma vitória completamente inesperada, assim como também não concedemos nenhuma derrota completamente inesperada (nem mesmo aquela com a Rússia na final da Taça Shield no Dubai). Se tomarmos em consideração que Portugal apresentou um grupo mais jovem que o habitual e sem a experiência de edições anteriores, não podemos ficar desiludidos. Ficou, ainda assim, a impressão de que em certos jogos poderíamos ter feito algo mais e ter conseguido resultados globais melhores.
Como já disse, estes jogadores ganharam experiência contra os colossos da variante e isso é muito importante para os tempos que se avizinham. Ora, no meu ponto de vista, as próximas participações nacionais (estaremos ausentes, um pouco inexplicavelmente de alguns dos torneios apesar do convite do IRB) vão colocar a fasquia mais alta e já exigiremos um pouco mais desta selecção. Resta saber se vamos continuar a apostar nesta "nova geração" ou se após a qualificação para o Mundial de XV vamos voltara a ver os jogadores que tantos sucessos nos ofereceram no passado. Gostaria de vos dizer que, pessoalmente, defendo que a equipa técnica nacional deverá começar a pensar na construção de uma equipa com vista à presença (e porque não a um sucesso surpreendente) nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Para conseguirmos chegar lá acima temos de nos preparar cedo, ganhar maturidade e aproveitar jogadores que estarão no auge das suas capacidades físicas e técnicas em 2016. O futuro não pode esperar...
Individualmente, quero destacar a prestação do Diogo Miranda que esteve bastante consistente ao longo dos 2 torneios e obteve uma percentagem muito elevada de transformações (nem todas fáceis). Surpreendeu-me a pouca utilização do Francisco Serra que vem sendo uma das revelações do campeonato nacional e que já tinha dado boas indicações em anteriores presenças nos Sevens. A verdade é que quando jogou nem sempre esteve bem, mas poderá ser um jogador importante nesta equipa.
Quero deixar uma palavra de apreço para todos, pois estou certo que deram o seu melhor. Faço desejos para que 2010 seja um bom ano para os Sevens e que as pessoas competentes nesta matéria percebam o quão importantes os Sevens se estão a tornar no seio da família oval e façam os possíveis e os impossíveis para nos manter na linha da frente desta variante espectacular para a qual - eu estou convencido - o "homo lusitanus" está predestinado.
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