Encontrei no site da Federação Portuguesa de Rugby uma entrevista do treinador-adjunto dos Lobos e também ele responsável pela evolução que a equipa tem vibndo a demonstrar.
Uma vez que a entrevista se encontra um pouco "escondida" no site federativo (na secção "media"), decidi partilhá-la convosco aqui no Join the Maul.
O treinador adjunto da Selecção Nacional de Rugby acredita que a equipa tem um longo percurso pela frente mas está no bom caminho. Frederico Sousa reclama no entanto que falta um projecto comum que comece nos mais jovens e se estenda até à equipa dos “Lobos”.
“Estamos no princípio de uma longa caminhada, a começar um ciclo novo que só agora vai no início. Vamos percorrê-lo durante algum tempo para dar muitas alegrias ao rugby nacional e à nossa Selecção”, é a convicção do responsável técnico que pretende ver implementada uma estratégia de base na relação entre clubes e Federação.
“Desde os clubes em si às pessoas que neles trabalham, não existem sinergias para que tudo siga no mesmo sentido. Noutros países, todos vivem para a Selecção Nacional. Não quero dizer que a Selecção é intocável, até porque sem clubes não há jogadores, mas todos temos que ceder para um lado e para o outro sem ‘clubites’ e ‘regionalites’ onde perdemos muito tempo, energia e capacidades”, confessa.
Responsável pelo ataque da Selecção e, mais directamente, pelas linhas atrasadas (os chamados três quartos), Frederico Sousa partilha a gestão dos jogadores com Errol Brain, seleccionador nacional, mais focado no sistema defensivo e nos avançados. O treinador adjunto nacional admite, no entanto, que haja mais proximidade com os jogadores.
“É normal, já os conheço há muitos anos, joguei com eles. Em todo o caso, o Errol tem uma grande empatia com os jogadores. Trabalhamos bem como dupla, completamo-nos em muitas coisas e partilhamos ideias. Sabemos dar uma coisa importante: cada um tem o seu espaço, ninguém anda ali para fazer número”, explica.
E os resultados são também fruto da confiança nos jogadores. Antes companheiros no balneário, agora orientados por Frederico Sousa (a par de Errol Brain), os “Lobos” podem continuar a escrever na História.
“Não tinha dúvidas que podíamos chegar onde estamos mas podemos fazer mais e melhor do que fizemos no passado e do que fazemos hoje. Introduzimos novos sistemas e começámos do zero. O nosso jogo nunca foi tão seguro e consistente como tem sido este ano”, diz de forma orgulhosa.
Inerente ao cargo que ocupa na equipa técnica nacional, Frederico Sousa é um espectador atento do rugby nacional. Depois de dois anos como treinador do Direito, fala com conhecimento de causa sobre o campeonato nacional que gostava de ver alterado.
“Nos últimos quatro anos, o campeonato desceu muito de nível. Uma competição forte poderá significar uma Selecção forte, sobretudo em termos competitivos e de regularidade dos jogadores. Os atletas ressentem-se ao não estarem habituados a todos os jogos de elevado ritmo e tensão competitiva e até em termos físicos. Existe um grande fosso entre as quatro primeiras equipas e as restantes”, desabafa.
Apesar de todas estas dificuldades, Frederico Sousa mostra-se satisfeito com o trabalho realizado na Selecção Nacional de Rugby. Considera-se um treinador “com vontade de aprender e aberto à participação dos jogadores” nos métodos de treino. Talvez por isso, Frederico use como ‘slogan’ a frase: “Se os jogadores estão contentes, jogam bem!”
“Liderar é motivar! Tudo tem a ver com o ambiente que se proporciona à equipa. Se uma pessoa é ‘chefe’, os outros são subalternos e não há troca de ideias. Um líder tem que saber comunicar nos dois sentidos. Ser ouvido, em primeiro lugar, mas também saber ouvir. Tem que haver feedback entre os treinadores e os jogadores”, revela o treinador adjunto nacional.
Frederico Sousa espera que a sua passagem pela Federação Portuguesa de Rugby seja marcada também pela divulgação da modalidade. O treinador adjunto nacional gostava de ver mais crianças a praticar desporto em geral e o rugby em particular.
“Temos um desporto com transparência, lealdade e de confraternização”, refere tendo a evolução e os meios tecnológicos no rugby como pano de fundo, sublinhando que esta “filosofia de vida” deve ser aproveitada para “fazermos ver aos pais que é saudável praticar desporto e rugby em particular”.
“O rugby tem algo diferente de tudo o resto: a colisão e o confronto físico! Ao contrário do futebol, por exemplo, nós temos uma grande auto-disciplina. O rugby é uma escola da vida e ensina princípios e valores que depois se transpõem para a nossa vida profissional e pessoal. Isto ajuda no sucesso académico e depois no profissional”, conclui.
Uma vez que a entrevista se encontra um pouco "escondida" no site federativo (na secção "media"), decidi partilhá-la convosco aqui no Join the Maul.
O treinador adjunto da Selecção Nacional de Rugby acredita que a equipa tem um longo percurso pela frente mas está no bom caminho. Frederico Sousa reclama no entanto que falta um projecto comum que comece nos mais jovens e se estenda até à equipa dos “Lobos”.
“Estamos no princípio de uma longa caminhada, a começar um ciclo novo que só agora vai no início. Vamos percorrê-lo durante algum tempo para dar muitas alegrias ao rugby nacional e à nossa Selecção”, é a convicção do responsável técnico que pretende ver implementada uma estratégia de base na relação entre clubes e Federação.
“Desde os clubes em si às pessoas que neles trabalham, não existem sinergias para que tudo siga no mesmo sentido. Noutros países, todos vivem para a Selecção Nacional. Não quero dizer que a Selecção é intocável, até porque sem clubes não há jogadores, mas todos temos que ceder para um lado e para o outro sem ‘clubites’ e ‘regionalites’ onde perdemos muito tempo, energia e capacidades”, confessa.
Responsável pelo ataque da Selecção e, mais directamente, pelas linhas atrasadas (os chamados três quartos), Frederico Sousa partilha a gestão dos jogadores com Errol Brain, seleccionador nacional, mais focado no sistema defensivo e nos avançados. O treinador adjunto nacional admite, no entanto, que haja mais proximidade com os jogadores.
“É normal, já os conheço há muitos anos, joguei com eles. Em todo o caso, o Errol tem uma grande empatia com os jogadores. Trabalhamos bem como dupla, completamo-nos em muitas coisas e partilhamos ideias. Sabemos dar uma coisa importante: cada um tem o seu espaço, ninguém anda ali para fazer número”, explica.
E os resultados são também fruto da confiança nos jogadores. Antes companheiros no balneário, agora orientados por Frederico Sousa (a par de Errol Brain), os “Lobos” podem continuar a escrever na História.
“Não tinha dúvidas que podíamos chegar onde estamos mas podemos fazer mais e melhor do que fizemos no passado e do que fazemos hoje. Introduzimos novos sistemas e começámos do zero. O nosso jogo nunca foi tão seguro e consistente como tem sido este ano”, diz de forma orgulhosa.
Inerente ao cargo que ocupa na equipa técnica nacional, Frederico Sousa é um espectador atento do rugby nacional. Depois de dois anos como treinador do Direito, fala com conhecimento de causa sobre o campeonato nacional que gostava de ver alterado.
“Nos últimos quatro anos, o campeonato desceu muito de nível. Uma competição forte poderá significar uma Selecção forte, sobretudo em termos competitivos e de regularidade dos jogadores. Os atletas ressentem-se ao não estarem habituados a todos os jogos de elevado ritmo e tensão competitiva e até em termos físicos. Existe um grande fosso entre as quatro primeiras equipas e as restantes”, desabafa.
Apesar de todas estas dificuldades, Frederico Sousa mostra-se satisfeito com o trabalho realizado na Selecção Nacional de Rugby. Considera-se um treinador “com vontade de aprender e aberto à participação dos jogadores” nos métodos de treino. Talvez por isso, Frederico use como ‘slogan’ a frase: “Se os jogadores estão contentes, jogam bem!”
“Liderar é motivar! Tudo tem a ver com o ambiente que se proporciona à equipa. Se uma pessoa é ‘chefe’, os outros são subalternos e não há troca de ideias. Um líder tem que saber comunicar nos dois sentidos. Ser ouvido, em primeiro lugar, mas também saber ouvir. Tem que haver feedback entre os treinadores e os jogadores”, revela o treinador adjunto nacional.
Frederico Sousa espera que a sua passagem pela Federação Portuguesa de Rugby seja marcada também pela divulgação da modalidade. O treinador adjunto nacional gostava de ver mais crianças a praticar desporto em geral e o rugby em particular.
“Temos um desporto com transparência, lealdade e de confraternização”, refere tendo a evolução e os meios tecnológicos no rugby como pano de fundo, sublinhando que esta “filosofia de vida” deve ser aproveitada para “fazermos ver aos pais que é saudável praticar desporto e rugby em particular”.
“O rugby tem algo diferente de tudo o resto: a colisão e o confronto físico! Ao contrário do futebol, por exemplo, nós temos uma grande auto-disciplina. O rugby é uma escola da vida e ensina princípios e valores que depois se transpõem para a nossa vida profissional e pessoal. Isto ajuda no sucesso académico e depois no profissional”, conclui.
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