Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

segunda-feira, 22 de março de 2010

O fazedor de sonhos


Lembro-me do Tomaz Morais quando comecei a seguir com mais atenção o rugby nacional. Estávamos no princípio da década de 90 e eu estudava em Coimbra. O Tomaz jogava a centro numa excelente equipa do Cascais onde ganhou 6 campeonatos e 2 Taças Ibéricas, se não me engano.
Naquela altura eu detestava o Cascais, pois achava-os arrogantes e convencidos. O Tomaz fazia parte desse grupo...

Vim, depois, a descobrir o Tomaz treinador. E mudei radicalmente de opinião.
Só falei com o Tomaz 1/2 dúzia de vezes, mas sempre foi de uma enorme correcção, educação e simpatia.

Mas o que me leva a escrever estas linhas não é o lado pessoal do Tomaz, é o seu lado profissional. Seleccionador nacional desde 2001, foi com ele que Portugal conseguiu os seus maiores feitos.
Tomaz Morais levou Portugal ao Mundial de 2007, à vitória no Campeonato da Europa das Nações em 2004 e elevou Portugal ao estatuto de potência regional nos Sevens com 6 títulos europeus conquistados e excelentes prestações no circuito mundial. Pelo meio uma nomeação do IRB para treinador do ano.
O currículo diz tudo, as suas qualidades por demais conhecidas...
Com o Tomaz os portugueses começaram a sonhar com objectivos que antes eram impensáveis e, por isso, ficaram mais exigentes.
É evidente que também se engana, é humano, como eu ou você. Mas acerta muitíssimas mais vezes do que as que se engana.

Por isso, é com tristeza que vejo alguns comentários apelarem à partida do Tomaz do leme nacional. Já nem vou falar na tradicional inveja, praga nacional. Falo em memória curta e vistas ainda mais curtas.
Se o Tomaz quiser ir embora porque pensa precisar de um desafio diferente, terei de compreender, mas estou convencido que o rugby nacional tem todo o interesse em mantê-lo ao leme das selecções (eventualmente na função de Director-técnico, como se fala).
O know-how do Tomaz faz-nos falta.

Por isso, a partir do Luxemburgo deixo o meu apelo ao Tomaz Morais para que permaneça ao leme da nossa selecção.

Lembre-se do compromisso: "nunca desistir!"

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