Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Oportunidade perdida!


Num jogo em que todos depositávamos muitas esperanças depois das boas exibições dos últimos meses, Portugal acabou por sucumbir a uma Geórgia que, sendo melhor que Portugal, não deixou de estar ao nosso alcance.

A verdade é que este foi o jogo menos conseguido da era Errol Brain, mas também não nos podemos esquecer que defrontámos uma equipa que tem feito excelentes resultados e que tem à sua disposição um grupo de jogadores com muita experiência nos melhores campeonatos franceses e, a fazer fé no que ouvi na TV, que um orçamento de mais de 300 milhões de euros proporcionados por um milionário do petróleo radicado na Rússia (com as condições de trabalho e motivação financeiras inerentes).


É difícil explicar o que correu mal quando poderíamos ter ganho o jogo no pontapé final, mas a verdade é que não tivessem sido as inúmeras faltas georgianas (a indisciplina habitual dos georgianos é um dos entraves à sua progressão), Portugal poderia ter perdido por uma diferença que não nos tivesse permitido, ainda assim, somar 1 ponto de bónus defensivo.


As vitórias e as derrotas são de todos e eu não gosto de pessoalizar, particularmente nos momentos menos bons. Já li alguns comentários em que as pessoas se "atiram" ao Pedro Cabral pelo pontapé falhado. É de uma grande injustiça querer culpar aquele pontapé pelo resultado. Então e o pontapé que ele "meteu" uns minutos antes. E os pontapés falhados pelo Joe. E sobretudo, os pontapés que ambos já "meteram" por Portugal. Só não erra quem fica no sofá ou na bancada. E ontem a nossa equipa cometeu mais erros do que nos jogos anteriores...


Portugal esteve péssimo nos alinhamentos, perdendo bolas de ataque e oferecendo a iniciativa aos avançados georgianos que agradeceram para impor aquele estilo de jogo de que tanto gostam ao mesmo tempo que nós perdíamos oportunidades de construir jogo.


Já todos esperávamos ver a nossa melée sofrer frente a uma das mais fortes avançadas da Europa, mas nunca pensei que no aspecto dos alinhamentos, onde tanto tínhamos melhorado, retrocedêssemos bastante. É uma fase do jogo que temos de trabalhar para os próximos jogos...


Falhámos também na 1ª placagem. Foram demasiados os lances em que só à 2ª ou 3ª placagem é que conseguimos interromper a progressão georgiana. Também neste aspecto, estivemos aquém daquilo que já mostrámos na era Brain.

A verdade é que ao contrário do jogo com a Roménia, Portugal não entrou de rompante (faltando alguma agressividade defensiva) talvez receoso do poderio georgiano e isso pode ter sido o sinal de que algo não estava tão afinado como anteriormente. Faltou também a velocidade a sair dos rucks que foram uma das imagens de marca no jogo contra os romenos. A atacar não fomos tão eficazes e perdemos com toques para a frente as nossas melhores oportunidades. Enfim, não se pode estar sempre ao (excelente) nível a que tínhamos estado nos anteriores jogos.


Aquele pontapé (de uma penalidade milagrosamente oferecida pelos georgianos) dar-nos-ia uma vitória também ela milagrosa.


Os aspectos mencionados são aspectos em que podemos melhorar e, apesar de tudo que atrás já se disse, Portugal esteve sempre na disputa do resultado e poderia muito bem (sem jogar particularmente bem) ter ganho à Geórgia.


Significa isto que num dia em que estejamos um pouco melhor, ganharemos de certeza. Os Lelos têm um contexto favorável, mas mais uma vez mostrámos que estamos prontos para o combate a este nível. Quem sabe se não será já para o ano em Tblissi...


Eu confio nesta equipa!

Quanto ao CEN, embora a vitória lusa esteja complicada, nada está perdido. Depois dos 33-3 com que a Roménia brindou a Rússia, é com alguma expectativa que aguardo o Geórgia - Roménia (embora os Lelos sejam favoritos) e quem sabe o que poderá acontecer no Rússia - Geórgia. A esperança é a última coisa a morrer...


Quanto aos Lobos, a deslocação a Madrid é mais difícil do que se pode pensar. Seria importantíssimo ganhar e, se possível, com ponto de bónus ofensivo. Já o jogo com a Ucrânia não deverá deixar de ser uma passeio para as cores lusas.

A terminar uma questão para o EUL: muito público, mas como habitualmente muito silencioso e pouco dinâmico no apoio à equipa. Por que razão em Portugal têm sempre de ser as equipas a puxar pelo público e não o o
público a puxar pelas equipas?

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