Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Debate de ontem

Vi e ouvi, com muita atenção e curiosidade, as duas entrevistas concedidas pelos dois candidatos à presidência da FPR à Sport TV 1 na noite de ontem.

Em primeiro lugar, tal como já antes o fiz, quero lamentar o facto de não ter sido um debate de 1 hora, mas antes duas pequenas entrevistas. Segundo ficou claro, o actual Presidente e líder da lista A não quis realizar um debate pois considera que numa entrevista se torna mais fácil explicar as suas ideias e evita um eventual "deslizamento" para ataques pessoais.

Em segundo lugar, quero deixar claro que não conheço nenhum dos candidatos, não pertenço a nenhum clube que apoie qualquer dos candidatos e não tenho qualquer interesse pessoal nestas eleições.

Ouvi, como disse, aquilo que os candidatos quiseram dizer.
Os assuntos abordados nas entrevistas foram: selecção nacional e apuramento para o Mundial de 2011, competitividade do Campeonato Nacional, relações clubes/federação, Sevens, financiamento, desenvolvimento e Liga Ibérica.

Dídio de Aguiar pareceu-me muito pouco à vontade e com alguma dificuldade em explicar o que pretende. Por vezes pareceu não ter percebido as perguntas do entrevistador, não tendo respondido directamente a algumas questões. Fez um balanço do que a sua actual direcção fez, falou do que ficou por fazer e se propõe a fazer no novo mandato, sem ter entrado em pormenores. Pareceu-me um discurso um pouco repetitivo, como se tivesse preparado certas ideias e as tivesse que "meter" na entrevista. Fica a ideia de que é uma pessoa serena e ponderada.

Carlos Amado da Silva esteve mais à vontade e por vezes quase não deixou o entrevistador falar. Lamentou (por várias vezes) a não realização de um debate e focou a sua atenção nalguns pontos do seu programa, conseguindo entrar em mais pormenores que o seu opositor. Nunca tirou o mérito ao trabalho já realizado, mas propôs-se a fazer mais e melhor, pondo a tónica num presidente mais forte e com mais intervenção. Deu o exemplo do trabalho realizado em Agronomia. Para contrabalançar fez questão de dizer qua a sua lista é abrangente, mas também disse que o presidente pode "despedir" da sua direcção quem quiser, quando quiser. A ideia que me ficou foi de um homem activo com boas ideias e seguro de si, mas fica-me também a impressão de que a sua ambição poderá ser excessiva.

Resumindo: soube-me a pouco! Gostaria de ter ouvido mais sobre os pormenores! As ideias mestras foram expostas, mas muito ficou por dizer sobre como é que se porão em prática essas ideias.

Quero deixar uma nota final para algo que considero essencial: o financiamento do rugby nacional. Desconheço por completo o sistema actual, mas parece-me que não se poderá em qualquer caso embarcar em aventuras que ponham em causa a estabilidade financeira da federação. A falência da federação matará o rugby em Portugal. É importante encontrar parceiros públicos e privados que ajudem o rugby a crescer e a espalhar-se pelo país.

3 comentários:

Anónimo disse...

concordo com o teu comentario, e ressalvo que não ouvi de nenhum ( mas posso ter ententido mal), um PLANO de Marketing e mediatização.
Entendo que seja por aí que se deve apostar, o público( comum que desconhece o rugby) tem que passar ter rugby nacional nos media para poder enteder este desporto e começar a apoiar um qualquer clube.
Digo isto porque os nossos jogos são assistidos sempre pelas mesmas pessoas, familiares e ex-jogoadores. Se queremos projectar o rugby este tem que ser massificado e, se não me falha a memória após o mundial houve centens ( provavelmente alguns milhares) de pessoas que nunca estivram ligadas ao rugby com vontade de ter outro desporto que não o futebol.
Obviamnete que a mediatização gera receitas e estas capacidade de investimento.
"Não me dês o peixe , ensina-me a pescar"
Resumindo não cabe á FPR subcidiar os clubes , mas antes dar-lhes os meios para crescerem sustentadamente.
Abraço

Great_duke disse...

Totalmente de acordo. Isso passou-se com alguns amigos meus aqui no Luxemburgo que nunca tinham ligado nada ao rugby e que agora até já foram ao Dubai ver os Sevens e estão a preparar a "invasão" à Nova Zelândia em 2011.

Em relação às entrevistas, tirando uma pequena referência do actual presidente à necessidade de "melhorar a comunicação" (que poderá referir-se à questão que abordas) nada mais foi dito sobre o marketing, sobre promoção e divulgação da modalidade. E assim não há "janela" ou "bolha" que se consiga aproveitar...

Já agora, aproveito para dizer que já enviei alguns emails para diferentes pessoas e serviços da Federação a propósito de diferentes assuntos e a única pessoa que me respondeu foi o Tomaz Morais. Isto é algo que eu considero inaceitável...

Rugby Portugal disse...

22:00 - 08/01/2010 - Eleições FPR - Resultados*
*De um total de 72 delegados, votaram 70 e faltaram 2
(1 árbitro e um delegado do Belas)

Direcção: Lista A (35 votos) - Lista B (35 votos)

C.Justiça: Lista A (32 votos) - Lista B (38 votos)

C.Disciplina: Lista A (34 votos) - Lista B (35 votos)
(1 Voto em Branco)

C.Arbitragem, C.Fiscal e C.Geral: Lista A (sem oposição)