Este espaço conjuga duas paixões: o rugby e o coleccionismo. Pretende dar a conhecer (aos poucos) a minha colecção filatélica já bastante avançada sobre o tema "rugby" e, simultaneamente, aproveitar esse pretexto para, aqui e além, opinar, divulgar e testemunhar sobre "coisas" deste desporto fantástico. Claro está que um dos objectivos é conquistar adeptos para este tipo de coleccionismo, fazendo com que se juntem a este MAUL DINÂMICO!

sábado, 25 de dezembro de 2010

2010 despede-se...bem vindo 2011 - hora de balanço

O ano está a chegar ao fim e é hora dos habituais balanços. O Join the Maul propõe dividir o seu balanço entre os pontos positivos (os +) e os negativos (os -) no que respeita a 2010.

Assim,
comecemos pelos +:

- Grupo Desportivo do
Direito: os advogados foram campeões nacionais, não só em seniores como em todas as outras categorias, exceptuando os sub-21 em que foram finalistas vencidos. Os resultados falam por si e são prova suficiente da excelência que mora em Monsanto;

-
Académica: os estudantes foram campeões nacionais de Sevens, campeões europeus universitários da mesma variante e assumem-se como os outsiders do Campeonato Super Bock. Quando toda a gente dizia que o campeonato seria disputado por 4 equipas, os conimbricenses chegam à ultima jornada da fase regular com possibilidades de se qualificarem para a final four. Pode até não ser este ano, mas a verdade é que não deixam de ser a surpresa do campeonato;

-
Vitória sobre a Namíbia: a primeira da história, numa janela de Novembro em que Portugal esteve a um bom nível;

- Selecção Nacional de
Sevens: quer se queira, quer não, com adversários mais ou menos difíceis e com outras estórias pelo meio, Portugal recuperou o título europeu de Sevens e sagrou-se campeão mundial universitário;

- Pedro Leal: sem os pontapés certeiros (e não só) de
Pipoca, o Direito não teria chegado sequer à final do Campeonato; se a isto juntarmos a sua disponibilidade nas selecções nacionais (XV e Sevens), o convite para integrar os Samurais num dos torneios britânicos de Sevens e o seu quase ingresso no Perpignan, não podemos deixar de destacar a excelente época deste raçudo jogador do Direito;

- Selecção Nacional de
Sevens Feminina: as meninas de Portugal melhoraram imenso o seu nível de jogo e os resultados desta época estão lá para o provar;

-
Portugal Youth Festival: na sua segunda edição, esta excelente iniciativa da Move Sports já conquistou um lugar ao sol;

- Equipa Feminina do Walferdange: as
"rennertes" estão a fazer uma época incrível, contando com uma derrota e 6 vitórias, seguindo na liderança da 2ª divisão belga. Serão as miúdas a mostrar aos rapazes o caminho para o desenvolvimento do rugby no Grão-Ducado?

-
Al-qateia do Luxemburgo: um ano em grande, que dificilmente se repetirá. Presente nos jogos dos Lobos na Alemanha, em Espanha e em Lisboa contra a Geórgia e Namíbia, bem como nos Torneios de Londres e Edimburgo dos Circuito Mundial de Sevens e ainda no Europeu de Sub-19, disputado na Bélgica.

Por outro lado, não podemos deixar de mencionar
os - do ano:

- Inevitavelmente, começamos pela
não qualificação dos Lobos para o Mundial do ano que se vai iniciar: apesar do record de pontos face à Alemanha ou de um jogo muito conseguido em Espanha, a verdade é que a qualificação ficou marcada desde logo pela derrota face à Rússia em Lisboa, ainda em 2009. Portugal não se mostrou capaz de derrotar as poderosas linhas avançadas georgianas, romenas e russas.

- Os
últimos minutos do Portugal - Canadá: Portugal tinha tudo para vencer aquele jogo, mas temos o hábito de falhar qualquer coisa nos momentos decisivos;

- As prestações dos
Sevens nacionais no Circuito Mundial da variante: já la vai mais de um ano desde que Portugal conseguiu marcar pontos para o circuito. Apesar de alguns bons resultados pontuais (como face aos ingleses no Dubai), a verdade é que em 2010 Portugal não se conseguiu aproximar das equipas mais fortes;

- A
má educação e a falta de civismo a que se tem assistido nos campos de rugby nacionais: em vários foruns de discute a falta de ética que vem reinando no nosso rugby. Se o mau comportamento do público já é algo de grave, o que dizer quando são os próprios intervenientes no jogo que se permitem interferir de qualquer modo no desenrolar dos jogos; Decididamente, as pessoas têm de perceber que ganhar a todo o custo não faz parte da enciclopédia do rugby.

- O triste espectáculo do
degladiar de duas facções como resultado das ultimas eleições para a Federação: não é bom para ninguém e muito menos para a modalidade, o lavra de roupa suja a que se assiste com frequência um pouco por todo o lado no que a esta matéria diz respeito. A frase "United we stand, divided we fall" faz todo o sentido para quem quer ver o rugby português evoluir no bom sentido;

- A
falta de interesse que uma parte substancial dos clubes de topo do rugby nacional devotam as competições nacionais de Sevens;

- A total
falta de educação e princípios de algumas pessoas que se escondem no anonimato para de uma forma cobarde lançar suspeitas, falsos testemunhos, afirmações ordinárias e todo o tipo de "torpedos" contra quem, mal ou bem, tenta dar um contributo positivo para a discussão;

- O
futuro do rugby no Luxemburgo está longe de ser risonho: apesar do trabalho das escolas e de alguns resultados interessantes nos escalões de formação, como trabalhar num país que vê sair os jovens jogadores para estudarem em universidades estrangeiras e nunca mais cá voltarem?

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