Geórgia mais forte que Portugal no Europeu de Sub-19

Portugal começou com o pé esquerdo a sua participação no Europeu de Sub-19 ao ser derrotado pela selecção georgiana por 27-3 em jogo que se disputou esta tarde no Estádio Roi Baudouin em Bruxelas.

A selecção nacional que tinha como objectivo lutar por um lugar nos quatro primeiros classificados, hipotecou as suas hipóteses e terá de se contentar (na melhor das hipóteses) com a disputa do 5° lugar.

A Al-qateia, na sua versão mais curta de “lobo solitário” não deixou de marcar presença no Heysel para acompanhar as peripécias dos ¼ de final disputados pelos nossos jovens Lobos.

Com partida do Luxemburgo cerca das 11h20, a preocupação era não apanhar muita chuva, acidentes ou trabalhos (uma presença assídua na auto-estrada que liga o Grão-Ducado à capital da Europa), por forma a não perder pitada do jogo.

Objectivo cumprido, a segunda tarefa era fazer esquecer a fome. Surpresa das surpresas, no estádio só tinhamos coca-cola ou cerveja (ou não estivessemos na Bélgica e num jogo de rugby). Após 10m de busca lá encontrámos outro dos ex-libris belgas: uma fritaria onde pudemos carregar um farto pacote de “frites” (batatas fritas) por apenas 2€.

De regresso ao estádio, já estavam os nossos rapazes a regressar ao balneário após o aquecimento...entram as equipas e logo me apercebo de alguma diferença de arcaboiço físico entre as duas equipas.

Rapidamente essa diferença se fez notar dentro do campo com os georgianos a empurrar a equipa nacional para o seu meio-campo defensivo. Com um rugby pouco atraente, diga-se em abono da verdade, o facto é que os georgianos estavam mais fortes e aproveitaram todas as ocasiões para massacrar a melée portuguesa (algumas vezes em desrespeito das regras, creio eu).

A imagem que retenho do 1° tempo é a de uma equipa nacional que nunca se conseguiu soltar e foi massacrada pelo poderio dos avançados georgianos (outra coisa não seria de esperar de uma equipa de Lelos). Apesar de tudo, e na única (creio) vez em que estivemos perto de conseguir chegar ao ensaio, lá acabámos por converter uma penalidade que foi o (magro) pecúlio do jogo. Ah! Como não bastasse a inferioridade física, ainda acabámos a 1ª parte com em jogador suspenso. Ao intervalo 13-3.

No início da 2ª parte, a toada não se alterou, com os georgianos a conseguirem aumentar a sua vantagem até aos 27 pontos (contra os nossos 3). Sensivelmente a meio da 2ª parte, Portugal começou a conseguir encadear alguns movimentos ofensivos interessantes, com o jogo à mão a prevalecer e a estar perto de conseguir marcar pelo menos um ensaio. Mas não o conseguiu e a derrota por 27-3 confirmou-se. De notar que voltámos a ter uma suspensão de 10m na 2ª parte.

Pareceu-me que aqueles últimos 20m do jogo foram os nosso melhor período e que poderíamos ter conseguido algo mais, embora a derrota fosse previsível quando se começou a ver a diferença física, sobretudo ao nível do pack de avançados. Gostaria de salientar o 3ª linha georgiano n°8, como “man of the match” porque foi, na minha opinião, um jogador em destaque a comandar os seus avançados (alguns deles com uma barba bem mais rija que a minha, apesar de só há pouco terem saído da adolescência).

Enfim, começou a chover copiosamente mal o jogo acabou e o regresso ao Luxemburgo fez-se debaixo de uma chuvada tremenda até Namur, onde fomos presenteados com um granizo que só não perfurou a chapa do meu carro porque esta é de boa matéria prima germânica. Após este período chuvoso, um sol radioso acompanhou-nos até casa.

A selecção nacional também foi varrida pela tempestade neste 1° jogo; agora esperamos que o sol também lhe sorria e que os próximos dois jogos sejam para vencer.

Na 4ª feira Portugal defronta a Ucrânia (hoje derrotada pela Roménia) em Mons, pelas 16h00, enquanto na outra partida entre os derrotados de hoje, a Espanha enfrenta a Polónia.

Do lado dos vencedores, a Geórgia defronta a Roménia e a equipa da casa enfrenta a Rússia.

Aqui ficam algumas imagens do jogo (diga-se de fraca qualidade, uma vez que foram tiradas da bancada e as condições de luz não eram grande coisa).